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R7 Brasília

Na CPMI do 8/1, convocação de comandante da Força Nacional é rejeitada e gera confusão

Requerimento foi posto em votação pelo presidente do colegiado sem ter sido acordado anteriormente entre os parlamentares

Brasília|Camila Costa, do R7, em Brasília

Votação de requerimento gerou confusão na CPMI
Votação de requerimento gerou confusão na CPMI

Os parlamentares da CPMI do 8 de Janeiro rejeitaram o requerimento para ouvir o coronel Sandro Augusto de Sales Queiroz, comandante do Batalhão Escola de Pronto Emprego da Força Nacional de Segurança Pública na época dos atos extremistas do 8 de Janeiro. O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), pôs o requerimento para votação nesta terça-feira (3), o que gerou confusão entre deputados e senadores, já que a matéria não tinha sido acordada antes de ser levada ao plenário do colegiado.

O requerimento em discussão foi feito pelo deputado Ramagem (PL-RJ). O parlamentar justificou no pedido que a convocação de Sandro Augusto para depor na CPMI é importante porque existem provas de que guardas da Força Nacional estavam na Esplanada no dia 8 de janeiro, dia da invasão do Supremo Tribunal Federal, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.

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Um dos motivos de o requerimento ter sido rejeitado foi a inserção para votação sem discussão prévia. Segundo a deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), o regimento interno determina que requerimentos e discussões previstos na sessão precisam estar disponíveis para consulta dos parlamentares pelo menos 48 horas antes da sessão. “Nós não fomos chamados para uma sessão deliberativa, fomos chamados para uma oitiva. Quando não tem pauta específica, Vossa Excelência [se referindo ao presidente Arthur Maia] adotou a postura de só votar mediante acordo”, ponderou a parlamentar.

Arthur Maia se justificou dizendo que também não gostaria de ter colocado o documento em análise, mas que “tinha que fazer isso”. “Tentamos fazer tudo mediante acordo, mas não posso chegar aqui e ver deputados do governo jogar para cima de mim responsabilidade que não tenho. Não gostaria de pôr esse requerimento em votação agora, mas estou fazendo isso em respeito a meu nome”, afirmou o presidente da comissão.

O parlamentar tem adotado desde o começo dos trabalhos da comissão uma postura de acordar requerimentos que irão para votação, na tentativa de equilibrar os pedidos apresentados pela oposição e pelo governo. Antes do começo da sessão desta terça-feira (3), Maia chegou a dizer que o requerimento de convocação da Força Nacional seria discutido em uma reunião na quarta-feira (4), no entanto, um desentendimento entre ele e o governista Rogério Correia (PT-MG) incitou a votação do pedido de convocação a toque de caixa.

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