Na véspera de depor na CPMI, Torres não se apresentou à Justiça para ir ao médico
Ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública foi ouvido por parlamentares nos dias 8 e 10 de agosto
Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
O ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, faltou à apresentação semanal à Justiça no dia 7 de agosto. O R7 apurou que Torres não foi porque teve que trocar uma medicação de uso contínuo. O ex-ministro se explicou à juíza do caso — que, segundo a defesa, acatou a versão. A falta aconteceu às vésperas do ex-secretário depor em comissões parlamentares de inquérito no Congresso Nacional e na Câmara Legislativa do DF.
Torres foi ouvido pela CPMI no dia 8 de agosto e, depois, respondeu a perguntas dos deputados distritais no dia 10 de agosto. Segundo a fonte ouvida pelo R7, o ex-ministro foi um dos poucos a ser ouvidos nas duas comissões, e, devido à pressão dos dois depoimentos, teve que buscar atendimento médico.
O R7 procurou o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e a Vara de Execuções Penais e aguarda respostas.
Relembre o caso
Anderson Torres é investigado no inquérito que apura os atos do 8 de Janeiro. Ao todo, o ex-secretário de Segurança do DF passou 117 dias na prisão — de 14 de janeiro a 11 de maio, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória a Torres.
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Moraes determinou que ele use tornozeleira eletrônica, tenha o porte de arma de fogo suspenso, não deixe o país, não use redes sociais nem mantenha contato com outros investigados no inquérito sobre o 8 de Janeiro. Torres também deve permanecer afastado do cargo de delegado da Polícia Federal.