Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

'Não é hora de ficar batendo boca', diz Haddad ao criticar ataques de Zema a Pacheco

Adversários políticos, o governador de MG e o senador mineiro têm trocado farpas em meio às negociações de dívidas do estado

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília


Pacheco e Zema buscam solução para dívida de MG
Pacheco e Zema buscam solução para dívida de MG

Em meio aos embates entre o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu em defesa do parlamentar e criticou os ataques do gestor mineiro. "O governador Zema não ajuda com esse tipo de conduta. Ficou cinco anos, quatro como aliado no Planalto, podendo fazer alguma coisa por Minas, e tudo o que ele fez foi endividar", declarou o ministro após uma reunião com Pacheco, na manhã desta quinta-feira (7). 

Haddad atribuiu a Zema um terço da dívida de R$ 160 bilhões que Minas tem com a União e disse que o gestor "praticamente governou com recursos federais o estado e deveria adotar posição respeitosa e construtiva com o Congresso Nacional", continuou. "Não é hora de ficar batendo boca e fazendo graça na imprensa. É hora de sentar com técnicos."

Zema e Pacheco são adversários políticos e têm trocado farpas em meio às negociações de dívidas do estado. Nesta semana, o governador criticou a falta de "ação efetiva" nas negociações e chamou de "falação" o movimento de Pacheco por uma solução. 

Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp


Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp

Compartilhe esta notícia pelo Telegram


Assine a newsletter R7 em Ponto

O presidente do Congresso propõe a Lula federalizar as companhias de energia, de saneamento e água e de desenvolvimento econômico para pagar as dívidas. Sobre a proposta, Haddad disse tê-la recebido há poucos dias e que ela está sendo analisada. O ministro afirmou ser necessário "averiguar em relação aos acionistas minoritários das companhias" e "estudar com cautela para não gerar nenhum passivo, não cometer uma irresponsabilidade, fazer as coisas de acordo com a lei de maneira a preservar também o erário público". 


Até lá, a alternativa lançada é adiar o pagamento da dívida até 31 de março. Essa possibilidade foi acertada entre Pacheco e Haddad, mas precisa do crivo do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Advocacia-Geral da União (AGU). O presidente do Congresso disse ter agendado encontros entre as partes para garantir essa prorrogação. 

"Não podemos criar narrativas, ficar nas redes sociais criticando um ao outro. No momento, precisamos de união, maturidade. Não podemos ter infantilismo em um momento desse e ficar achando que estamos em uma disputa eleitoral. É importante todo mundo descer do palanque e entender que temos um problema grave para resolver", declarou Pacheco após o encontro com Haddad. 

Leia também

O objetivo do Congresso e do governo é estabelecer uma solução no início do ano. Segundo Pacheco, a alternativa vai atender não só Minas Gerais, mas "pode servir para outros tantos estados com problemas de endividamento". 

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.