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Nem a União Soviética agiria como Trump, diz Amorim em entrevista

Assessor de Política Externa da Presidência, Celso Amorim avaliou que medidas estão fortalecendo Brics

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Celso Amorim defende fortalecimento do Brasil no BRICS diante de tarifas de Trump.
  • Afirma que ataques de Trump reforçam relações do Brasil com o bloco, apesar de não serem ideológicos.
  • Brasil busca acordos comerciais com a União Europeia e o Canadá, visando maior integração na América do Sul.
  • Amorim critica intervenção de Trump em assuntos brasileiros, comparando-a a ações que nem a União Soviética realizaria.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Celso Amorim aposta em fortalecimento do Brics Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil - arquivo

O assessor de Política Externa da Presidência, Celso Amorim, afirmou que o Brasil reforçará seu compromisso com o Brics, dobrando a aposta diante das ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas aos integrantes do bloco. Neste domingo (27) Trump afirmou que não irá adiar o seu prazo para impor tarifas de 50% sobre seus parceiros comerciais, inclusive o Brasil.

Em entrevista a um veículo de comunicação, Amorim disse que os ataques de Trump estão fortalecendo as relações do país com o Brics. Ele negou que a aliança seja ideológica, mas que o bloco deve defender a ordem global multilateral, à medida que os EUA a abandonam.


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“Queremos ter relações diversificadas e não depender de nenhum país”, disse o assessor ao veículo britânico, citando parceiros na Europa, América do Sul e Ásia.

Nessa linha, o embaixador defendeu que a União Europeia ratifique rapidamente o acordo com o Mercosul, seja pelo ganho econômico imediato, seja pelo equilíbrio que o tratado pode trazer em meio à guerra comercial.


Amorim também afirmou que o Canadá manifestou interesse em negociar um acordo de livre comércio com o Brasil. Além disso, ele indica que o foco do governo Lula em seu último ano deve ser maior na América do Sul.

O presidente brasileiro busca maior integração regional, já que o subcontinente negocia menos internamente do que com outras partes do mundo.


Trump e o governo brasileiro

Neste mês, Trump prometeu impostos de 50% sobre o Brasil e exigiu o fim do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de planejar um golpe.

A interferência de Trump nos assuntos internos brasileiros é algo que, segundo Amorim, não ocorreu nem nos tempos coloniais. “Não acho que nem mesmo a União Soviética teria feito algo assim”, comparou.


Por outro lado, o embaixador negou que o Brasil queira que a China seja a vencedora da disputa comercial, embora o gigante asiático seja o maior parceiro comercial do País. Ele sustenta que “não é intenção nossa intenção” que Pequim triunfe com as tarifas de Trump e nega que o Brics seja ideológico.

“Os países não têm amigos, somente interesses”, afirmou Amorim ao fim da entrevista. “Trump não tinha nem amigos, nem interesses, somente desejos. Uma ilustração de poder absoluto”, concluiu.

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