‘Ninguém nega capilaridade da força da direita’, diz Padilha sobre primeiro turno das eleições

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, minimizou nesta segunda-feira (7) o resultado do PT nas eleições municipais e reconheceu a força da direita no primeiro turno do pleito de 2024, ocorrido no último domingo (6). “Ninguém nega a capilaridade da força [da extrema-direita], mas no segundo turno, as lideranças dos partidos que apoiam o governo têm condições de derrotá-los”, disse.

Como mostrou o R7, o primeiro turno das eleições demonstrou o fortalecimento dos candidatos e partidos de centro e direita nas capitais. Das 26 capitais brasileiras, 11 definiram seus vencedores no domingo, todas de centro e direita. O PT não elegeu nenhum prefeito nas capitais, mas garantiu presença no segundo turno em quatro.

“Sabemos da força da extrema-direita. Ninguém nega a capilaridade da força, mas no segundo turno, as lideranças [que compõem a base do governo] têm condições de derrotar”, disse Padilha. “Os partidos que integram a base do governo, da frente ampla, derrotaram Bolsonaro no Rio de Janeiro, no Recife, e vão derrotar os líderes da direita no segundo turno”, completou.

Padilha destacou que o PT cresceu cerca de 40% se comparado com o número de prefeituras obtidas em 2020. “O conjunto de partidos que apoiam o governo também teve aumento expressivo, que mostra o enraizamento importante nas eleições municipais”, afirmou o ministro em coletiva de imprensa.

O PSD foi a legenda com mais vitórias no primeiro turno, conquistando três prefeituras: no Rio de Janeiro (RJ), em Florianópolis (SC) e em São Luís (MA). O PL elegeu dois prefeitos em capitais no primeiro turno e vai disputar o segundo turno em nove delas. Com isso, o PL, partido de Jair Bolsonaro, e o PT vão se enfrentar em duas capitais do país durante o segundo turno das eleições municipais de 2024: Cuiabá (MT) e Fortaleza (CE).

Das 103 cidades que poderiam ter segundo turno nestas eleições, 52 vão definir suas prefeituras em 27 de outubro. Ao todo, 34 milhões de eleitores voltarão às urnas no fim do mês em 19 estados. São Paulo é o estado com mais cidades nessa situação. São 18, entre elas a capital, a definição que Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) disputarão a chefia da cidade mais populosa do país, só saiu com quase 100% das urnas apuradas.

Questionado sobre a participação de Luiz Inácio Lula da Silva nas campanhas eleitorais do segundo turno, Padilha confirmou positivamente. “Às vezes tem-se a imagem fixa de Lula quando ele não era presidente, o que permitia ele estar mais presente presencialmente [nas campanhas]. Mas a participação vai continuar, de acordo com o que for possível. O presidente Lula vai continuar viajando os estados, entregando obras e governando o país, e vai continuar participando [da eleição]. Inclusive, as lideranças que vão para o segundo turno reforçam e pedem esse apoio do presidente”