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Nova regra fiscal limita crescimento de gastos em 70% do aumento das receitas do governo, diz líder do PT

Proposta será apresentada publicamente nesta quinta-feira (30), às 10h30, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad

Brasília|Camila Costa, do R7, em Brasília

Líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes, na residência oficial da Câmara
Líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes, na residência oficial da Câmara Líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes, na residência oficial da Câmara

O líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), afirmou nesta quarta-feira (29) que a proposta da nova regra fiscal prevê que as despesas públicas não poderão crescer mais que 70% do aumento das receitas do governo. O texto ainda estabelece meta de déficit zero em 2024, superávit de 0,5% em 2025 e superávit de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026.

O líder antecipou ainda que a nova proposta terá um dispositivo para recomposição das receitas das áreas de saúde e educação. "É uma regra inteligente e bem elaborada que vai ser possível ser praticada, tem sustentabilidade", indicou Lopes.

Os detalhes da nova regra fiscal serão apresentados publicamente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quinta-feira (30), às 10h30. Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a proposta já foi aprovada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As novas diretrizes vão substituir o teto de gastos, norma que limita o crescimento das despesas da União à inflação do ano anterior.

"É o texto final, discutido e aprovado pelo presidente [Lula], que será apresentado ao Congresso e que, a partir de agora, esperamos que seja discutido e aprovado o mais rápido possível. É uma proposta que combina responsabilidade fiscal e social, com regras estáveis e mais previsibilidade para investimentos no país", afirmou Padilha.

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Haddad e Padilha chegaram à residência oficial da Câmara dos Deputados no fim da tarde desta quarta-feira para apresentar o texto ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Na sequência, seria a vez do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) — mas o encontro ficou para esta quinta-feira, antes do anúncio público.

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Entenda o arcabouço

A discussão sobre a necessidade de construir uma nova regra fiscal para o país foi levantada ainda antes da posse do presidente Lula, com a apresentação da PEC do estouro.

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A PEC inicial protocolada no Congresso pelo governo de transição tirava da regra do teto de gastos todo o valor do Bolsa Família, calculado em R$ 175 bilhões.

Depois de sofrer resistência no Senado e na Câmara, o texto foi modificado e flexibilizou em R$ 145 bilhões o teto de gastos; no entanto, apenas para este ano. Um dos acordos para a aprovação da PEC era a apresentação de um novo arcabouço fiscal, com regras específicas para o teto de gastos, ainda em 2023.

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