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R7 Brasília

Número de casos prováveis de dengue cresce 505% no DF em 2022

Foram 22.229 casos nas 13 primeiras semanas deste ano, contra 3.673 no mesmo período de 2021, aponta Boletim Epidemiológico

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Mosquito Aedes aegypti
Mosquito Aedes aegypti

O Distrito Federal teve um aumento de 505,2% nos casos prováveis de dengue nas 13 primeiras SE (Semanas Epidemiológicas) de 2022, em comparação ao mesmo período de 2021. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, esse número saltou de 3.673 para 22.229 (apenas entre os residentes da capital). Quando computados os dados de moradores de fora do DF, o aumento foi de 422,5% – passando de 4.452 para 23.263 casos prováveis da doença.

Em relação ao número de notificações por dengue, o aumento foi de 287,9% entre pacientes do DF (passando de 6.342 para 24.589). Quando computados os residentes de fora da capital (1.089 notificações em 2022, contra 840 em 2021), o crescimento foi de 257,6% – total de 25.687 casos em 2022, contra 7.182 no ano passado).

O atual quadro da dengue no DF levou ao aumento também no número de atendimentos no SUS (Sistema Único de Saúde). Para reduzir o impacto na rede pública, o secretário de Saúde do DF, Manoel Pafiadache, anunciou que tendas serão instaladas nos postos de saúde de Ceilândia, Brazlândia, Planaltina, Sobradinho, São Sebastião e Paranoá, para onde os pacientes serão encaminhados. Carros com fumacê também vão circular nessas localidades, que são as que concentram mais notificações.

A alta das ocorrências gerou reações também na Câmara Legislativa. O deputado distrital Fábio Felix (PSOL) afirmou que vai cobrar do GDF ações de combate à doença. "É absurda a negligência do governo Ibaneis diante do surto de dengue, que só se agrava a cada ano. Uma gestão que não é capaz de controlar uma doença para a qual existe prevenção."


O período de maior incidência da dengue é entre outubro e maio, quando ocorrem mais chuvas. Em 2022, as mulheres predominam entre os casos prováveis: são 768 casos por 100 mil habitantes. Nos grupos etários, a maior preponderância é entre idosos de 60 a 69 anos. A taxa de incidência para essa parcela da população é de 873,1 casos por 100 mil habitantes. 

A Secretaria de Saúde reforça que a toda a comunidade está vulnerável à infecção. Fatores de risco como idade, etnia, presença de comorbidades e infecção secundária podem contribuir para que o paciente desenvolva formas graves da doença. Até o momento, 1,5% das notificações é de dengue com sinal de alarme e 0,09%, de formas graves da doença.

Ceilândia é que a concentra a maioria dos casos prováveis (4.329), seguida de São Sebastião (1.840 casos), Samambaia (1.747 casos), Taguatinga (1.340 casos) e Planaltina (1.283 casos).

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