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‘Mundo precisa encontrar jeito de relação comercial não precisar passar pelo dólar’, diz Lula

Presidente defendeu avanço de sistema de pagamento entre países do Brics: ‘Ninguém definiu dólar como moeda padrão’

Brasília|Lis Cappi e Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

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Lula defendeu comércio com moedas além do dólar Reprodução/TV Gov - 07.07.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta segunda-feira (7) que haja um avanço no sistema de pagamentos do Brics e que países desenvolvam novas relações comerciais que não sejam baseadas no dólar.

“O mundo precisa encontrar um jeito de que nossa relação comercial não precise passar pelo dólar. Quando for com EUA, passa pelo dólar, mas quando for com Argentina, China, Índia, Europa, não precisa passar. Ninguém determinou que o dólar é a moeda padrão”, declarou o presidente a jornalistas no encerramento da cúpula.


Lula também lembrou que a medida funciona em acordos comerciais entre Brasil e Argentina, e pode ser eficaz se construída adequadamente entre países.

“Obviamente que nós temos todas as responsabilidades de fazer isso com muito cuidado, nossos BCs precisam discutir isso, mas é uma coisa que não tem volta. Isso vai acontecendo aos poucos e até que seja consolidado”, afirmou.


A colocação defende uma das indicações da Cúpula de avançar com a negociação de um sistema próprio de pagamentos do grupo. O tema foi indicado no documento final de líderes e na divulgação das discussões entre ministros de finanças e presidentes de Bancos Centrais.

A intenção da mudança, conforme tem sido indicado desde o encontro do Brics de 2024, na Rússia, é voltada para reduzir custos de operações financeiras, estimulando transações comerciais baseadas nas moedas dos próprios países do grupo: Brasil, Rússia, Índia, China, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Indonésia, Etiópia, Irã, Egito e Arábia Saudita.


Moeda provocou reação de Trump

Pela manhã, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em uma rede social que o país vai impor uma tarifa de 10% a qualquer nação que se alinhar a “políticas antiamericanas do Brics”.

Apesar do anúncio, o chefe de Estado americano não detalhou quais países seriam afetados nem especificou quais políticas seriam consideradas contrárias aos interesses dos EUA.


No passado, propostas como uma moeda comum ou avanço de comércio sem passar pelo dólar foram alvo de críticas norte-americanas.

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