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R7 Brasília

Operação da PF: médico é suspeito de fraudar atestados para obter benefícios do INSS

Policiais federais cumprem 22 mandados de busca e apreensão na Bahia, em Alagoas, em Goiás e no Distrito Federal

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

A Polícia Federal, com apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), a Operação Trickster, para investigar um grupo que atua em fraudes na Previdência Social. Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão na Bahia, em Alagoas, Goiás e no Distrito Federal. No DF, a 10ª Vara Federal expediu um mandado de prisão preventiva contra um dos suspeitos.

A polícia suspeita ainda da participação de um ex-estagiário da agência do INSS de Taguatinga. De acordo com a PF, um médico perito federal e um ex-sócio dele incluíram, entre 2018 e 2022, dezenas de dados e atestados médicos falsos nos sistemas do INSS.

O intuito dos supeitos seria o de obter benefícios previdenciários por incapacidade para eles mesmos, além de familiares, sócios e pessoas próximas. Com a operação da PF, os pagamentos de todos os benefícios suspeitos foram bloqueados judicialmente. 

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1,1 milhão das contas do médico. O objetivo é garantir o ressarcimento do prejuízo gerado aos cofres públicos. Ele também foi suspenso da função pública e teve os bens sequestrados, além de estar proibido de sair do país. Além disso, foi fixada fiança de R$150 mil ou uso de monitoramento eletrônico. De acordo com a Polícia Federal, a operação evitou o prejuízo de R$ 593 mil.


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A PF informou ainda que a maioria dos benefícios suspeitos foi de auxílio-doença, com longos períodos de afastamentos. De acordo com a corporação, "a maior parte das perícias foram antecipadas para que o médico federal investigado atendesse os beneficiários fora da agenda".

Ainda de acordo com a polícia, "alguns investigados apresentavam atestados com a mesma comorbidade, em datas quase coincidentes". Desses atestados, muitos teriam sido emitidos — com indícios de fraude — pelos mesmos médicos assistentes.

Os suspeitos de envolvimento nas fraudes podem responder por associação criminosa, falsidade documental, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas de informação, estelionato previdenciário e corrupção ativa e passiva.

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