Pacheco classifica ação de Bolsonaro contra Moraes como 'anormalidade institucional'
O presidente do Senado pede respeito entre integrantes dos Poderes; Bolsonaro procurou PGR e apresentou notícia-crime contra o ministro
Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
![O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/SDWWUNCMIVNGJILFURLUZ2CMMI.jpg?auth=412ea33c7401c7d549f513a58ae2c267264d2763d48a7dbf5b575d3872e1d7a6&width=1500&height=1000)
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reprovou a atitude do presidente Jair Bolsonaro ao acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) para pedir uma investigação sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por abuso de autoridade. O senador classificou o ato de "anormalidade institucional".
"Mais um episódio de anormalidade institucional que a gente busca corrigir. E é muito importante que se corrija e que as instituições, os membros dessas instituições, possam se respeitar", opinou Pacheco, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (18).
Na terça-feira (17), Bolsonaro protocolou uma ação no STF contra Moraes em que reclama do inquérito das fake news, relatado pelo ministro. O presidente disse que há "um evidente excesso" e que não existiu "a ocorrência de nenhum crime nos fatos investigados".
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Ele também acusou Moraes de não permitir o acesso da defesa aos autos do processo, manter a investigação por prazo não razoável, prestar informação inverídica sobre procedimento, exigir cumprimento de obrigação sem amparo legal e instaurar inquérito sem justa causa.
O ministro Dias Toffoli, contudo, rejeitou o pedido de investigação, afirmando que não há "justa causa para o prosseguimento do feito". Com isso, Bolsonaro procurou a PGR e apresentou uma notícia-crime contra Moraes com os mesmos fundamentos da ação que tinha sido entregue ao STF.