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R7 Brasília

Pacheco critica falta de transparência nas eleições na Venezuela

Presidente do Senado e do Congresso cobrou a divulgação dos dados do pleito que resultou na reeleição de Nicolás Maduro

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) Roque de Sá/Agência Senado

O presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou nesta terça-feira (30) a falta de transparência nas eleições na Venezuela e afirmou que a Justiça Eleitoral do país “se afasta” dos valores democráticos ao não divulgar os dados do pleito. A disputa pelo Executivo na Venezuela ocorreu no último domingo (28) e terminou com o atual presidente, Nicolás Maduro, reeleito para mais seis anos no poder. A oposição no país não aceita o resultado e diz que houve fraude.

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“Numa democracia, a lisura e a transparência do processo eleitoral que assegurem a prevalência da vontade do povo são base essencial e insuperável. O governo da Venezuela se afasta disso ao não demonstrar esses valores com clareza. A luta pela democracia não nos permite ser seletivos e casuístas. Toda violação a ela deve ser apontada, prevenida e combatida, seja contra quem for”, afirmou Pacheco, em nota.

O governo brasileiro pediu ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) a publicação dos dados das urnas. A Venezuela, assim como o Brasil, usa urnas eletrônicas.

Maduro foi proclamado vencedor das eleições pela Justiça eleitoral venezuelana, controlada pelos seus aliados. Segundo o CNE, Maduro recebeu 5,15 milhões de votos (51,2%), após a apuração de 80% das urnas. González Urrutia recebeu 4,45 milhões de votos (44,2%), segundo o primeiro boletim oficial.


No entanto, como não houve divulgação das atas de votação, o anúncio da reeleição foi questionado por países como Estados Unidos, Chile, Peru, Costa Rica, Guatemala, Argentina, Espanha, Uruguai e União Europeia.

O governo brasileiro ainda não reconheceu a vitória contestada de Nicolás Maduro. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que não há nada “grave” nem “anormal” no processo eleitoral venezuelano e pediu que o CNE publique as atas com as informações das urnas.

“Não tem nada de grave, não tem nada assustador. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que diz que teve 51%, teve outra pessoa que diz que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça e a Justiça faz”, declarou Lula em entrevista à TV Centro América.

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