Pacheco diz que 'discorda totalmente' de fundo eleitoral de R$ 5 bilhões: 'Erro grave' do Congresso
Presidente do Senado tentou negociar, sem sucesso, diminuição do valor durante a votação do orçamento, nesta sexta-feira
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta sexta-feira (22) que "discorda totalmente" do valor de quase R$ 5 bilhões reservado para o fundo eleitoral no Orçamento de 2024. Segundo ele, o montante é um "erro grave do Congresso". Ele tentou, sem sucesso, acordo para diminuir o valor do fundão para R$ 939,2 milhões, como sugeriu o governo inicialmente. Isso com a garantia de que seria enviada uma proposta para reajustar o valor para cerca de R$ 2,6 bilhões, que seria o fundo eleitoral utilizado nas eleições de 2020 mais o reajuste da inflação.
O valor aprovado é 145% maior do que o gasto nas eleições municipais de 2020, quando foram utilizados R$ 2 bilhões do fundo eleitoral. O fundo será pago com as emendas de bancada estadual, chamadas de RP7.
Mais cedo, em café da manhã com jornalistas, Pacheco disse que discorda "totalmente" do valor e que chegou a telefonar para deputados a fim de convencê-los a diminuir o montante.
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“Me comprometo com a articulação de uma proposta para que o fundo seja os R$ 2 bilhões de 2020, corrigido pela inflação”, afirmou de manhã.
Pacheco ainda comentou que o aumento sucessivo do fundo eleitoral na discussão do Orçamento pode precipitar o fim do financiamento público de campanha. "Os R$ 5 bilhões são exagero. Os R$ 900 milhões são impraticáveis. É preciso financiar a democracia, que é a razão de ser dele [fundo eleitoral]."