O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prometeu sabatinar "o mais rápido possível" o indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para suceder o atual procurador-geral da República, Augusto Aras, cujo mandato se encerra nesta terça-feira (26). Lula ainda não divulgou o novo nome, e, segundo Pacheco, quando os dois estiveram reunidos, não conversaram sobre possíveis candidatos.
"Assim que ele se decidir pelo nome e encaminhar ao Senado, nós então sabatinaremos o mais rápido possível", afirmou Pacheco a jornalistas nesta segunda-feira (25), após ter participado da Fides 2023, evento do mercado de seguros realizado no Rio de Janeiro. Segundo o parlamentar, a celeridade foi um compromisso firmado por ele com Lula.
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Também nesta segunda-feira (25), o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o presidente "tem o tempo dele" e que não pode estar "preocupado nem pressionado" para fazer a indicação do substituto.
De acordo com fontes do Palácio do Planalto, Lula pode deixar a indicação do substituto da PGR para a próxima semana. Atualmente, dois nomes são avaliados para o cargo: os subprocuradores-gerais Paulo Gustavo Gonet Branco e Antonio Carlos Bigonha.
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Os dois cotados para substituir Aras não foram incluídos na lista tríplice feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) para o cargo de procurador-geral da República. Nos dois primeiros mandatos como presidente, Lula indicou à PGR um dos nomes da listagem. Desta vez, contudo, ele não deve seguir as sugestões da associação.
Questionado sobre a possibilidade de Lula não seguir a lista tríplice, Pacheco afirmou que, apesar de ela ser um indicador importante, "não há uma obrigatoriedade" em seguir os nomes indicados. "Não é ilícito ou imoral pensar em nomes de fora da lista", afirmou.
Presidência do Senado
Pacheco também foi questionado por jornalistas sobre a sucessão na presidência da Casa. Apesar de alegar que ainda é cedo para a discussão, o mineiro não descartou a possibilidade de apoiar o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) como seu substituto. "Obviamente Alcolumbre tem todos os predicados para ser presidente do Senado, assim como outros senadores e senadoras, que, obviamente desejando, têm também esses mesmos predicados", afirmou.
O próprio partido de Pacheco, no entanto, se movimenta para lançar um candidato próprio, assim como ocorre no MDB e no PL. "Essas escolhas dependem muito do contexto, dos partidos políticos, das lideranças políticas. Não é uma decisão pura e simples do presidente do Senado. No momento certo isso vai ser discutido, mas não é o momento ainda", disse Pacheco.