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Padilha diz que governo não tem propostas para mudar a meta da inflação

Segundo o ministro das Relações Institucionais, o que existe é um debate público sobre a taxa de juros fixada pelo Banco Central

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Lula com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais)
Lula com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) Lula com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (9) que o governo federal não tem propostas para mudar a meta da inflação. Fixada pelo Banco Central (BC), a meta é de 3,25% para 2023 e de 3% para 2024, índice que passou a ser alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos últimos dias. 

"Desconheço esse debate [sobre mudança na meta da inflação]. Nas reuniões que tive com o presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto], não conversamos sobre isso", disse Padilha, enfatizando que o tema é acompanhado de perto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Padilha também disse que o governo não tem a intenção de propor o fim da autonomia do BC, ao contrário do que declarou o presidente Lula, no início do mês. O petista comentou que a independência do Banco Central é "bobagem" e disse que vai falar com o Congresso Nacional sobre o assunto.

No entanto, segundo Padilha, as discussões do governo estão em torno da taxa de juros. "É um debate que empresários e parlamentares têm feito, por ser um esforço para que o Brasil não tenha uma taxa de juros tão elevada. Isso atrapalha a geração de empregos", comentou.

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Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a taxa em 13,75% ao ano, o maior nível desde janeiro de 2017. Na ata, o Copom reforçou preocupação com o aumento de gastos públicos e como isso pode impactar a inflação. Por outro lado, acrescentou que o pacote anunciado pelo Ministério da Fazenda para melhorar as contas, com aumento de arrecadação, pode amenizar os riscos.

Além disso, Padilha também comentou que é natural que o presidente do Banco Central seja convidado a dar explicações sobre a política monetária no Congresso. "Faz parte da democracia, faz parte da lei de independência do Banco Central prestar contas", disse.

"No mundo inteiro%2C as autoridades monetárias vão ao Congresso Nacional%2C vão para seminários%2C debatem publicamente. Acho que não deve ser nenhum tabu que qualquer parlamentar faça um convite ao presidente do Banco Central".

(Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais)

Padilha esteve na liderança do PT na Câmara em reunião com o deputado José Guimarães (PT-CE), que é líder da legenda na Casa, e com a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann.

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