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‘Pagar por fora’ e ‘sempre pagou direitinho’: veja conversas que implicam Jordy e Sóstenes na PF

Principais trocas de mensagens ocorreram entre assessor de Carlos Jordy e da Liderança do PL

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Polícia Federal encontrou conversas entre os deputados Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcanti sobre contratos suspeitos de locação de veículos.
  • As mensagens indicam pagamentos ilícitos, com parte do dinheiro sendo entregue em espécie e outra parte via transferência bancária.
  • Os assessores dos deputados discutiram a continuidade de pagamentos "por fora" e mencionaram a necessidade de verificar veículos não incluídos em contrato.
  • Jordy afirmou nas redes sociais que a ação da PF é uma "perseguição implacável", enquanto Sóstenes planeja se pronunciar sobre o caso na Câmara dos Deputados.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Assessores de Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy também são alvo dos agentes da PF Montagem/Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados - 16.12.2025 e Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados – 10.12.2025

A Polícia Federal obteve conversas entre os deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e assessores sobre contratos de locação de veículos com uma empresa apontada como supostamente de fachada.

As principais trocas de mensagens ocorreram entre Itamar Souza Santana, assessor de Jordy, e Adailton Oliveira dos Santos, assessor da Liderança do PL (Partido Liberal).


Veja mais

Entre janeiro e fevereiro de 2024, foram identificadas conversas nas quais Itamar realiza cobranças relativas ao pagamento “do carro” e “da locadora”. As mensagens eram acompanhadas do envio de notas fiscais emitidas em nome da empresa investigada.

“Os diálogos deixam evidente que os fatos dizem respeito ao contrato de locação firmado com a referida empresa, verificando-se, mais uma vez, que parte dos valores era transferida via bancária para a conta da empresa, enquanto outra parte era entregue em espécie diretamente a Itamar”, afirmou a PF.


Veja os principais trechos

‘De férias’

Além disso, há menção expressa a valores destinados ao “deputado”. Em um dos trechos, os interlocutores afirmam:

“Ele está de férias… mandei para ele pagar umas coisas… disse que ia pagar na semana, não sei o quê, aí fica difícil.”


Em outra mensagem, há referência a pagamentos “por fora”:

“Segunda-feira o deputado vai vir, aí eu vou ver com ele pra pagar o outro por fora, tá bom? Na segunda-feira tá todo mundo aqui, eu vou ver com ele, tá bom?”


‘Pagando por fora’

Entre fevereiro e março, a dupla voltou a discutir um novo contrato de locação. Em uma das mensagens, Adailton indica que Sóstenes continuaria “pagando por fora”.

Ele solicita ainda que Itamar verifique a existência de um veículo que ainda não tivesse sido incluído em contrato:

“Tem que ver o carro que nunca foi colocado lá, né? No gabinete.”

‘Sempre pagou direitinho’

Nos dias 14 e 15 de agosto de 2024, em nova cobrança de valores, Itamar questiona a dificuldade para receber “uma diferença” referente ao contrato de locação de veículo com o deputado Sóstenes:

“E aquela diferença lá, irmão, não conseguiu ver com ele?”“Pô, ele sempre pagou esse negócio direitinho e agora não pagou dessa vez? Até agora? Não é possível.”

PGR

Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), os diálogos localizados pela Polícia Federal indicam conluio entre Itamar de Souza Santana e Adailton Oliveira dos Santos, assessores dos deputados Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, respectivamente.

“Referida trama visaria conferir falsa aparência de legalidade à contratação da empresa Harue, que seria de propriedade de fato do próprio Itamar e gerenciada por seus familiares, visando receber verbas da Câmara dos Deputados”, afirma a PGR em trecho do parecer.

O que dizem os citados

Por meio das redes sociais, Jordy classificou a ação da PF como “perseguição implacável.”

Já o deputado Sóstenes Cavalcante, em coletiva de imprensa realizada no início da tarde desta sexta-feira (19), negou as acusações sobre supostos desvios de recursos públicos. Ele criticou a operação da PF e afirmou que o dinheiro encontrado em sua casa é lícito e proveniente da venda de um imóvel.

“Dinheiro de corrupção não aparece lacrado. Quem quer viver de dinheiro de corrupção bota em outro lugar. Vendi um imóvel, o imóvel me foi pago com dinheiro lícito, lacrado”, garantiu.

“Não tem nada de contrato ilícito, nada de lavagem de dinheiro[...]. Essa investigação é mais uma investigação para perseguir quem é da oposição, quem é conservador, quem é de direita”, acrescentou.

A reportagem tenta contato com os demais citados, e o espaço segue aberto para manifestações.

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