Brasília Partidos e grupo parlamentar que apoiam Israel condenam ataques do Hamas

Partidos e grupo parlamentar que apoiam Israel condenam ataques do Hamas

MDB, PT e grupo parlamentar de Amizade Brasil X Israel divulgaram nota de repúdio contra confronto no Oriente Médio

  • Brasília | Laísa Lopes, do R7, em Brasília

Partidos políticos se manifestaram contra ataques do grupo Hamas em Israel

Partidos políticos se manifestaram contra ataques do grupo Hamas em Israel

Leonardo Sá/Agência Senado - 3.3.2023

Parlamentares e grupos políticos do Brasil se manifestaram após os ataques terroristas do grupo Hamas contra Israel, neste fim de semana. O grupo parlamentar de Amizade Brasil X Israel do Senado Federal, presidido pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), condenou os ataques contra civis israelenses no Sul do país. “Entendemos que a declaração de guerra anunciada pelo Estado de Israel é uma das ações que o povo israelense tem para exercer o direito de defesa das fronteiras dos moradores em todo o país".

O grupo disse ainda que o "desejo é de que a paz volte o mais brevemente possível ao povo israelense e aos milhões de palestinos que não colaboram e não concordam com ataques terroristas."

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O Partido dos Trabalhadores (PT) também se manifestou contra a escalada de violência e se solidarizou com todas as vítimas. “Só há um caminho para a paz na região, que é a garantia de dois Estados, um palestino e um israelense, o cumprimento dos acordos de Oslo, que completam 30 anos em 2023, e o cumprimento das Resoluções da ONU”.

O partido destacou ainda a participação do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. “Seguiremos perseguindo a paz e temos confiança no papel de que o Brasil poderá cumprir como mediador deste conflito histórico, situando-se à frente do Conselho de Segurança da ONU”, diz a nota.

Já o MBD disse respeitar a causa palestina, mas que “nada justifica ataques terroristas, sobretudo contra a população civil”. O partido disse ainda “esperar que o governo brasileiro trabalhe em favor do entendimento a ser mediado pelos organismos internacionais e as nações amigas".

No sábado (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou os bombardeios sofridos por Israel como "ataques terroristas" e ressaltou que diversos civis foram atingidos. "Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas", completou o chefe do Executivo.

O representante brasileiro, que permanece em repouso por causa da cirurgia no quadril direito, se pronunciou por meio das redes sociais. Segundo ele, o Brasil não vai poupar esforços para evitar a escalada do conflito.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também condenou os ataques do Hamas e ofereceu total apoio a Israel. Em um pronunciamento na Casa Branca, Biden pediu que nenhum outro país interfira no conflito e disse que os EUA nunca deixarão de apoiar Israel. Mais cedo, o presidente havia publicado nas redes sociais que conversou com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e que uma equipe estadunidense acompanha de perto a situação.

"Deixei claro ao primeiro-ministro Netanyahu que estamos prontos para oferecer todos os meios apropriados de apoio ao governo e ao povo de Israel", disse Biden, em um comunicado divulgado após a ligação.

Parlamentares também repudiam ataques em Israel

Já o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) ressaltou que a comunidade internacional deve se esforçar para buscar uma paz entre israelenses e palestinos. "Em nome do Congresso Nacional, expresso condolências aos familiares das vítimas, e reafirmo o meu desejo pelo fim do conflito e a busca por uma solução justa, pacífica e duradoura para a região", completou.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que não se pode tirar os olhos para "a violação de princípios fundamentais" e  ressaltou que a comunidade internacional deve se esforçar para buscar uma paz entre israelenses e palestinos. "Em nome do Congresso Nacional, expresso condolências aos familiares das vítimas, e reafirmo o meu desejo pelo fim do conflito e a busca por uma solução justa, pacífica e duradoura para a região", completou.

Vice-presidente da Câmara, o deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP), se manifestou nas redes sociais e disse que Israel deverá responder a mais uma agressão para restabelecimento da paz na região. “Como incansável defensor do Estado Judeu, ex-presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Israel e autor de diversas proposições em apoio a Israel, condeno veementemente os ataques do Hamas principalmente a alvos civis no dia de hoje”, escreveu Pereira em sua rede social.

Entenda

O grupo palestino Hamas lançou neste sábado (7) mais de 5.000 foguetes em direção a Israel e sequestrou o corpo de soldados israelenses mortos em confrontos na fronteira, afirmou a ala militar da organização islâmica, enquanto Israel declarava estado de alerta de guerra.

O Departamento de Estado dos EUA classifica, desde 1997, o Hamas como uma organização terrorista.

Militantes do Hamas conseguiram se infiltrar no país, inclusive com o uso de parapentes. Eles mataram e sequestraram civis e militares.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu uma forte resposta ao Hamas por sua ofensiva militar surpresa.

"Estamos em guerra. Isso não é uma simples operação. [...] O inimigo pagará um preço sem precedentes", disse Netanyahu em uma mensagem de vídeo em que reconheceu que o Hamas lançou "um ataque-surpresa criminoso" e anunciou ter ordenado "uma extensa mobilização" de reservistas.

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