Lula classifica ataques a Israel como terroristas e pede retomada das negociações por acordo de paz
Segundo o presidente, a comunidade internacional deve trabalhar para a solução do conflito
Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou os bombardeios sofridos por Israel como "ataques terroristas" e ressaltou que diversos civis foram atingidos. "Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas", completou o chefe do Executivo. Mais cedo, o Itamaraty tinha confirmado que o Brasil, que ocupa a presidência do Conselho de Segurança da Nações Unidas, vai convocar uma reunião de urgência.
O representante brasileiro, que permanece em repouso por causa da cirurgia no quadril direito, se pronunciou por meio das redes sociais. Segundo ele, o Brasil não vai poupar esforços para evitar a escalada do conflito.
"Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução do conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados", completou.
Mais cedo, o Itamaraty tinha afirmado que não havia registros de brasileiros entre as vítimas confirmadas até aquele momento. Segundo o Exército do país israelense, o número de mortes chegou a cem e quase mil pessoas foram feridas.
O conflito
Os ataques foram iniciados na manhã deste sábado e, até a última atualização, continuam acontecendo em 22 locais. Às 12h (horário de Brasília), ainda havia situações em que os invasores faziam reféns, segundo a imprensa local.
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O Hamas, que governa a Faixa de Gaza e é classificado como organização terrorista pelos EUA, União Europeia e Israel, lançou uma ofensiva sem precedentes hoje cedo.
Foram disparados, segundo o próprio grupo, mais de 7.000 mísseis em direção ao território israelense, numa operação que o Hamas chamou de Dilúvio de Al-Aqsa.
Paralelamente, milicianos do Hamas invadiram o país por terra, ar e mar. Foram vistos parapentes cruzando a fronteira de Gaza com Israel. Uma incursão desse tipo nunca havia acontecido.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, em uma reunião do Gabinete de Segurança. "O inimigo pagará um preço sem precedentes", disse.
"Estamos em guerra e vamos vencer", afirmou, ao ressaltar que havia ordenado uma extensa mobilização de reservistas e que devolveria o fogo "com uma magnitude que o inimigo não conheceu".