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PEC das Drogas entrará na pauta da CCJ na próxima semana, diz relator

Apesar da afirmação, não há compromisso para votar a matéria; Alcolumbre ainda precisa confirmar a inclusão na pauta

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Efraim afirma que PEC das Drogas será discutida na quarta (7)
Efraim afirma que PEC das Drogas será discutida na quarta (7) Efraim afirma que PEC das Drogas será discutida na quarta (7) (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O relator da PEC das Drogas, senador Efraim Filho (União-PB), afirmou nesta quinta-feira (7), após reunião de líderes, que o tema será discutido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima quarta-feira (13), mas que não há compromisso para votar o parecer no mesmo dia. Apesar da fala, ainda não há uma pauta fechada pelo presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (União-AP), o que deve ocorrer até o fim desta semana. 

Uma reunião na manhã desta quinta-feira (7) entre os membros da CCJ estava prevista para fechar todas as matérias que entrariam em análise na próxima semana, mas o encontro não ocorreu. Mesmo assim, segundo Efraim, o entendimento foi fechado na própria reunião de líderes.

"Houve a deliberação do colégio de líderes e, por consenso, na quarta-feira, na CCJ, meu parecer será apreciado. Já há também compromisso do presidente da CCJ e vamos partir para esse debate que interessa para a sociedade brasileira. No Congresso Nacional está essa prerrogativa e competência para discutir o tema de descriminalização das drogas. Não acredito que seja tema a ser decidido pelos tribunais", afirmou Efraim. 

Apesar do encaminhamento na CCJ, não há previsão para que, caso aprovado o parecer, haja uma análise na sequência pelo plenário do Senado. "Essa será uma apreciação a ser feita pelo colégio de líderes na sequência. Não deverá ir a plenário no mesmo dia", completou o relator. Durante a análise, Efraim admite que ainda pode haver debate e alterações ao parecer. 

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Pressão da oposição

Senadores da oposição pressionaram para que a PEC que criminaliza porte e posse das drogas fosse debatido, independentemente do julgamento com o mesmo tema no STF (Supremo Tribunal Federal). 

O líder da oposição no Senado, senador Rogerio Marinho (PL-RN), disse que o movimento não simboliza um contraponto ou reação ao Supremo, mas uma "afirmação da prerrogativa do Parlamento brasileiro de definir e decidir assuntos que são da nossa competência".

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O senador Marcio Bittar (União-AC) convergiu no entendimento e defendeu que futuras mudanças no texto da PEC para compactuar com o que for decidido no STF podem ocorrer ao longo da discussão. Na CCJ, Bittar lembrou da possibilidade de pedidos de vista, ou seja, mais tempo para análise. "Abre-se o debate e até no plenário pode sofrer alguma emenda", justificou.

Enquanto isso, o STF julga a quantidade de maconha que diferencia traficante de usuário. A análise foi novamente interrompida por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Até agora, há cinco votos que consideram ser inconstitucional enquadrar como crime o porte de maconha para uso pessoal e três votos que consideram válida a criminalização prevista no artigo 28 da Lei de Drogas. A quantidade ainda será definida, mas a sugestão é de ficar entre 25 e 60g de maconha.

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