Perito que investigou a queda do voo da Air France integra equipe que avalia danos ao STF
Perícia forense para descobrir autores e a dinâmica do ataque ao tribunal terminou nesta quarta-feira
Brasília|Renato Souza, do R7, em Brasília
A Polícia Federal concluiu nesta quarta-feira (11) a perícia no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), que foi atacado por extremistas no último domingo (8). Uma equipe formada por 50 peritos atuou nas avaliações na sede da Corte. Entre os profissionais está Carlos Eduardo Palhares, que coordenou parte dos trabalhos. Palhares integrou a perícia realizada após a queda do voo da Air France que ocorreu no oceano Atlântico, em 2009, matando 228 pessoas.
Ele também foi um dos integrantes da perícia técnica que investigou a queda do voo do ex-ministro Teori Zavascki, ex-relator da Lava Jato, morto no acidente aéreo que ocorreu em 2017.
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Durante os trabalhos, foram coletadas impressões digitais, materiais genéticos, como fios de cabelo e amostras de urina, pegadas e outros itens que visam identificar como ocorreram os crimes contra o STF e quem foram os autores. De acordo com o Supremo, "o material será, agora, cruzado com as informações dos detidos após a depredação da Corte".
Carlos Eduardo Palhares ainda integrou a equipe que apurou a morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips e participou das investigações do rompimento da barragem de Brumadinho.
O laudo com as conclusões da perícia forense deve ficar pronto em até 30 dias, mostrando quem teve participação em cada ação, assim como o modo de atuação. A partir de agora, o Supremo se concentra em avaliar o valor do prejuízo material causado ao tribunal.