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PF aponta que servidores da PRF mentiram em depoimento em 'reverência' a Silvinei

Para a corporação, prisão do ex-diretor da PRF visa permitir produção de elementos probatórios sem nenhuma interferência

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques
Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques

O relatório da Polícia Federal (PF) que pediu a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques mostrou que dois servidores mentiram em depoimento em reverência ao ex-diretor e que a liberdade dele teria poder de influenciar a declaração de eventuais testemunhas. O documento conclui, ainda, que a prisão de Silvinei visa permitir a produção de elementos probatórios sem interferências.

“A manutenção do investigado em liberdade pode vir a comprometer a eficácia das diligências, já que, ainda que aposentado, é muito provável que haja uma reverência de tais policiais rodoviários federais àquele diretor-geral que os indicou para as respectivas funções”, disse a PF. 

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Os policiais rodoviários citados na investigação são Naralúcia Leite Dias, que atuava como chefe do Serviço de Análise de Inteligência da PRF, e Adiel Pereira Alcântara, então coordenador de Análise de Inteligência da corporação.

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Segundo a PF, "os dois faltaram e/ou omitiram a verdade e, mesmo com todos os fatos subsequentes que foram a público, e obviamente sabendo que a análise do conteúdo de seus celulares os desmentiria, podendo procurar a Polícia Federal para se retratar ou colaborar com as investigações (ainda na possível condição de testemunhas), optaram por não fazê-lo, preferindo suportar eventuais ações adversas a relatar as determinações ilegais de Silvinei".

Prisão de Silvinei Vasques

A Polícia Federal prendeu o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques na manhã desta quarta-feira (9). Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a PF, os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro de 2022 e, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste.


Em nota, a PRF informou que, paralelamente às investigações no STF, foram abertos três processos administrativos disciplinares para apurar a atuação de Silvinei. Os procedimentos foram encaminhados à Controladoria-Geral da União (CGU), órgão com competência para apurar a conduta do ex-diretor.

À Record TV, a defesa de Silvinei disse, em referência ao mapeamento dos eleitores de Lula, que ele não pode ser responsabilizado por atos que tenham sido cometidos por outros. A defesa do ex-diretor da PRF disse ainda que "as operações no segundo turno foram coordenadas pelo Ministério da Justiça".

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