PF apreendeu mais de R$ 9,6 bi em bens ligados ao crime organizado até novembro
Dado se refere às ações efetivamente realizadas, chamadas de “descapitalização”
Brasília|Rafaela Soares, do R7, e Natália Martins, da RECORD, em Brasília
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, divulgou nesta segunda-feira (15) que a corporação apreendeu mais de R$ 9,6 bilhões ligados ao crime organizado. As informações foram repassadas em um café com jornalistas.
Segundo ele, o valor corresponde à chamada “descapitalização”, ou seja, bens e recursos efetivamente bloqueados ou apreendidos pelos agentes, como dinheiro, ouro e aeronaves.
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“Não adianta termos quantidade; é preciso ter qualidade. O enfrentamento ao crime organizado passa por alguns elementos, como a cooperação internacional, a prisão de lideranças e a descapitalização”, pontuou.
Os dados são de janeiro a novembro deste ano e já superam a marca registrada em todo o ano de 2024. Para efeito de comparação, no mesmo período do ano passado, foram descapitalizados R$ 6,1 bilhões.
No número de operações homologadas, o período contabilizou 3.310 ações, ante 3.133 no mesmo intervalo do ano anterior. Ao todo, foram cumpridos 2.413 mandados de prisão.
Operações da FICCO
Rodrigues também apresentou alguns números relacionados a FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), uma estrutura de cooperação criada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com órgãos estaduais e federais de segurança.
Segundo as informações, foram feitas 2015 ações, com a descapitalização de R$ 163,31 milhões. 978 prisões foram cumpridas e 1.551 mandados de busca e apreensão realizados.
O diretor da corporação ressaltou que a FICCO não compete com as forças de segurança dos estados, e sim “se soma aos esforços de todos os agentes policiais”.
Passaporte
Ao todo, foram emitidos 2.376.088 passaportes no período, com o recorde de 15 mil unidades em um só dia. A alta, segundo a PF, está relacionada com a leva de vencimento do documento, que passou a ser de 10 anos. Com isso, ainda é esperado que os números crescem nos próximos meses.
Além disso, a corporação destacou que o documento ficou com nota 10 em testes de segurança internacionais, além da diminuição no tempo de agendamento.
Ramagem
A PF forneceu detalhes da investigação sobre a fuga do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-SP) para Miami, nos Estados Unidos. Segundo a corporação, o parlamentar saiu do Brasil pela Guiana Francesa e não passou por pontos de fiscalização, contando com a ajuda de um grupo de indivíduos, inclusive o filho de um garimpeiro, preso no sábado (13).
“No curso da investigação, e a partir do processo de investigação, chegamos a esse grupo. Foi apreendido celulares e computadores. Uma pessoa foi presa no sábado e será interrogado nos próximos dias”, contou a PF. “A rota de fuga já parece clara, via Guiana, saindo clandestinamente, sem passar por qualquer ponto de fiscalização. Georgetown para Miami”, completou a corporação.
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