Esther Dweck elogia atuação da PF e diz que fraudadores do CNU não ocuparão vagas

Após a Polícia Federal desarticular um esquema de fraudes em concursos públicos, a ministra Esther Dweck elogiou neste domingo (5) a operação e afirmou que o plano de segurança do CNU (Concurso Público Nacional Unificado) foi decisivo para identificar os responsáveis. Segundo ela, a troca de informações entre a organização do certame e a PF permitiu identificar e interromper a atuação do grupo antes da realização das provas.

“A operação que houve essa semana é fruto da nossa operação de segurança no primeiro concurso. Foi a troca de informações que a gente teve com a Polícia Federal, o processo que a PF trabalhou nesse concurso para poder justamente desbaratar quadrilhas, mostrando que se alguém tentar algo vai ser punido”, afirmou.

Três pessoas foram eliminadas imediatamente do certame após indícios de fraude, e outras três seguem sob análise judicial. “A justiça pediu mais informações para ter certeza, porque não pode afastar ninguém sem provas absolutas. Mas o importante é que essa quadrilha não vai poder atuar neste concurso”, disse.

A ministra ressaltou que todas as forças de segurança trabalham de forma integrada Polícia Federal, Abin, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Segurança Pública, além de polícias civis e militares estaduais. O modelo é comparado ao utilizado durante eleições, no transporte e monitoramento das urnas eletrônicas.

“Mais tarde eu vou para o centro de comando integrado da PRF. A gente acompanha o dia inteiro se acontece alguma coisa. Todas as portas têm detector de metal e, em todas as cidades, há detector de ponto eletrônico para garantir que não haja nenhum problema na realização da prova”, explicou.

As provas objetivas do CNU são aplicadas neste domingo em 228 cidades do país. Segundo o governo, 100% dos malotes foram entregues e as salas estão lacradas e prontas para a abertura. A expectativa é de alto comparecimento entre os 761 mil inscritos que confirmaram o local de prova.

A ministra também destacou a tranquilidade climática no país, o que permite a realização da prova sem adiamentos diferente do que ocorreu no ano passado. “Hoje está tudo tranquilo, não tivemos nenhuma informação de problema em nenhum estado”, disse.

Outra novidade é a ação afirmativa voltada às mulheres: na segunda etapa, o mesmo número de candidatas e candidatos será convocado, mesmo que seja necessário chamar além do número previsto para equilibrar a participação.

Além disso, o concurso segue as regras da nova Lei de Cotas, com 35% das vagas reservadas, sendo 5% para pessoas com deficiência e 30% para pessoas negras, indígenas e quilombolas (25%, 3% e 2%, respectivamente).

O resultado da prova objetiva será divulgado em 12 de novembro, e os aprovados serão convocados para a etapa discursiva. A ministra informou ainda que não haverá nova edição do CPNU em 2026, uma vez que o orçamento do próximo ano prevê apenas o chamamento de excedentes e não a abertura de novos concursos.

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