A Polícia Federal identificou que um tenente-coronel do Exército que fez parte da equipe de segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste ano estava em um grupo de mensagens que estimulava e defendia um golpe de Estado no Brasil. A corporação descobriu a informação ao quebrar o sigilo telefônico do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), que também fazia parte do grupo. Em 4 de julho, André Luis Cruz Correia tinha sido nomeado assessor militar na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Ele ficou pouco mais de um mês no cargo, tendo sido demitido no dia 10 de agosto.• Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram A secretaria que Correia integrou tem funções como planejar e coordenar ações para a execução dos eventos e das viagens presidenciais no país e no exterior e zelar pela segurança pessoal do presidente da República, dos palácios presidenciais e das residências do chefe do Executivo. O R7 questionou o GSI sobre a presença de Correia no grupo com teor golpista e aguarda a resposta. A reportagem também tenta contato com Correia. O espaço segue aberto para manifestação.Mauro Cid vai prestar um novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (25), em um inquérito que investiga a conduta do hacker Walter Delgatti Neto na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Na semana passada, o hacker disse, durante seu depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, que teria se encontrado com o ex-presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Na ocasião, Bolsonaro teria determinado, “na presença de testemunhas”, que o Ministério da Defesa investigasse a “suposta vulnerabilidade no sistema eleitoral” e teria pedido ao hacker que fraudasse uma urna com o objetivo de pôr em dúvida o processo eleitoral. O novo depoimento ocorrerá porque, como ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid acompanhava sempre o ex-presidente.