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R7 Brasília

PL das Fake News é 'solução contra epidemia da desinformação', diz setor de comunicação

Projeto de lei não tem previsão de votação em plenário; grupo de 16 associações afirma que proposta já foi amplamente discutida

Brasília|Do R7, em Brasília

Estrutura do Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios, na área central de Brasília
Estrutura do Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios, na área central de Brasília

Um grupo de 16 entidades do setor de comunicação publicou, nesta quarta-feira (12), uma cartilha com propostas para o projeto de lei 2.630/2020, que ficou conhecido como PL das Fake News. As instituições querem participar da construção de uma legislação efetiva no combate às informações falsas nos meios digitais, sem ferir a liberdade de expressão e a privacidade dos usuários. Confira a cartilha das entidades aqui

Em resumo, o projeto de lei, que está em tramitação no Congresso Nacional há três anos, apresenta as diretrizes de regulação das plataformas digitais. Para as entidades da comunicação, a aprovação do PL é "a solução ideal contra a epidemia da desinformação".

Para o presidente da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Márcio Novaes, o documento do grupo simplifica e facilita o entendimento dos parlamentares que vão analisar e votar o projeto de lei. "As mudanças da proposta [no Congresso] são necessárias neste momento no Brasil em que há tantos absurdos, como plataformas se negarem a retirar fotos de invasor de escolas e assassinos. Queremos equilibrar as forças, valorizar os veículos de comunicação social brasileiros e os estabelecidos no Brasil e igualar as regras para o mercado publicitário", elenca.

As entidades afirmam que o texto foi amplamente discutido no Legislativo, com a participação de mais de cem especialistas, em dezenas de audiências públicas. O grupo defende a criação de regras para as plataformas, transparência na publicidade e a valorização do jornalismo profissional.


O setor pede que as grandes empresas de tecnologia e as redes sociais — como Google, Microsoft e a Meta, responsável por Facebook, Instagram e WhatsApp — tenham as mesmas responsabilidades que a mídia tradicional tem.

As entidades destacam, no documento, a importância de remunerar a atividade jornalística, de defender o patrimônio do Brasil com a regulação da publicidade digital contratada no exterior e direcionada ao público brasileiro e de identificar todas as firmas da cadeia de publicidade digital — contratantes, intermediários e divulgadores — na Receita Federal. 

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A falta de equidade entre as grandes empresas de tecnologia e a mídia tradicional causa poluição digital, afirma a cartilha. Como consequências, há crescimento do extremismo por meio das bolhas de opinião e aumento da turbulência da vida em sociedade, além de riscos à democracia e à estabilidade política e econômica.

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