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Plano para reestruturar os Correios inclui empréstimo de R$ 20 bi; veja como funcionará

Estratégia inclui demissões voluntárias e renegociação de contratos; estatal ainda negocia empréstimo com garantia da União

Brasília|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Os Correios anunciaram um plano de reestruturação para enfrentar prejuízos de R$ 2,6 bilhões entre abril e junho.
  • O programa se concentra em cortar despesas, diversificar receitas e negociar um empréstimo de R$ 20 bilhões com a União.
  • A reestruturação inclui demissões voluntárias, renegociação de contratos e diversificação de receitas com foco em grandes clientes.
  • Desde 2022, os Correios acumulam prejuízos crescentes, destacando a necessidade urgente de recuperar a saúde financeira.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Plano terá foco a curto prazo Joédson Alves/Agência Brasil - Arquivo

Os Correios anunciaram nesta quarta-feira (15) um plano de reestruturação da estatal para tentar reverter a crise financeira que atinge a estatal.

Somente entre abril e junho deste ano, a empresa registrou prejuízo de R$ 2,6 bilhões, resultado que se soma às perdas acumuladas nos últimos três exercícios.


Segundo o presidente da estatal, Emmanoel Rondon, o programa terá foco a curto prazo no corte de despesas, na diversificação de receitas e na recuperação da saúde financeira da estatal. Os valores de redução de despesas ainda estão sendo calculados.

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Rondon informou ainda que a estatal negocia um empréstimo de R$ 20 bilhões, com garantia da União, para reforçar o caixa e viabilizar as ações previstas no programa de reestruturação.


O programa de restruturação inclui quatro questões. De acordo com Rondon, o ponto central baseia-se em um programa de demissão voluntária.

“Esse programa tá sendo tradado com muito cuidado, para a gente enxergar no país onde a gente tem uma ineficiência e ociosidade”, afirmou Rondon.


Outros eixos

O segundo eixo do plano prevê a renegociação de contratos com fornecedores, com prioridade para os de maior valor.

“A ideia é fazer a normalização da operação com cuidado, para que a gente tenha um retorno da qualidade da operação, mas negociando contrato a contrato com bastante responsabilidade, para que a gente adote uma estrutura de custo mais enxuta possível”, afirmou o presidente.


Já a terceira questão trata da diversificação de receitas, com a retomada de parcerias com grandes clientes e o desinvestimento de imóveis ociosos.

Por fim, Rondon informou que ainda há um estudo das novas frentes de negócios que servirá como referência para ampliar o portifólio de produtos e a gama de receitas.

Prejuízos em séries

Desde 2022, os Correios vêm apresentando prejuízos, e o resultado negativo vem piorando semestre a semestre.

Naquele ano a empresa fechou no vermelho em R$ 767 milhões, com pequena melhora para um prejuízo de R$ 596 milhões, em 2023. Em 2024, contudo, o rombo chegou a R$ 2,59 bilhões.

No início de setembro, a empresa anunciou um prejuízo de R$ 4,37 bilhões no primeiro semestre de 2025 — um aumento de 222% em relação ao prejuízo de R$ 1,35 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior.

No segundo trimestre, o prejuízo chegou a R$ 2,64 bilhões — um aumento de quase cinco vezes em relação ao rombo de R$ 553 milhões do mesmo período de 2024.

“O que aconteceu de fato aqui, é que a nossa empresa não se adaptou de uma forma ágil a uma nova realidade e essa falta de adaptação fez com que a gente sofresse no resultado, com falta de caixa”, explicou Rondon.

Ele diz que os Correios precisam de recuperar a liquidez, a recuperação da saúde do caixa.

“E essa saúde está passando por uma negociação com bancos para que a gente faça uma captação de recursos e recupere a nossa capacidade para o biênio 2025 e 2026″, completou Rondon.

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