Polícia Civil de Goiás investiga desvio de R$ 10 milhões na Secretaria de Saúde de Goiânia
Agentes cumprem cinco mandados de prisão e 17 mandados de busca e apreensão em Goiânia e Anápolis
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
A Polícia Civil de Goiás cumpriu nesta terça-feira (17) cinco mandados de prisão e 17 mandados de busca e apreensão em Goiânia e Anápolis contra um grupo suspeito de desviar cerca de R$ 10 milhões de recursos públicos.
A Operação Speedy Cash investiga o desvio de dinheiro da Secretaria de Saúde de Goiânia, praticado por uma associação criminosa, com fraude em convênio assinado entre a pasta e uma empresa responsável pela prestação de serviços.
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Ao todo, cerca 100 policiais civis foram às ruas nesta manhã para cumprir as medidas judiciais. Em nota, a Prefeitura de Goiânia informou que está “colaborando com as investigações da Polícia Civil de Goiás no âmbito da operação Speedy Cash.”
“A administração municipal destaca compromisso com a transparência e a lisura na gestão pública, assegurando que todas as informações e documentos solicitados serão e estão sendo fornecidos para esclarecer os fatos. Caberá ao interventor adotar todas as medidas administrativas cabíveis conforme o andamento das investigações”, informou.
Já a Secretaria Municipal de Saúde disse que “cumprirá com todas as determinações judiciais e colabora com o fornecimento de informações e documentos necessários para garantir que todos os procedimentos sejam devidamente esclarecidos, reforçando a integridade do serviço público”.
Secretário preso
Em 27 de novembro, o secretário de saúde de Goiânia, Wilson Pollara, foi preso durante uma operação do Ministério Público que apurava pagamentos irregulares em contratos. Também foram detidos o secretário executivo e o diretor financeiro da secretaria.
As investigações revelaram prejuízos superiores a R$ 120 milhões à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas.
Com a crise, o governador do estado, Ronaldo Caiado, precisou nomear um interventor para a pasta, que foi assumida pelo médico. Márcio de Paula Leite. No pedido pela intervenção estadual à Justiça, o Ministério Público de Goiás apontou graves problemas administrativos, financeiros e estruturais no sistema municipal de saúde.