Polícia pericia corpos de mãe e filha encontrados no DF
De acordo com o delegado que conduz as investigações, é provável que elas tenham sido vítimas de homicídio
Brasília|Hellen Leite, do R7, e Camila Andrade, da Record TV
A Polícia Civil do Distrito Federal iniciou, nesta terça-feira (21), a perícia nos corpos de Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e Tauane Rebeca da Silva, 14, mãe e filha, encontrados nesta segunda (20) nas proximidades de um córrego no Sol Nascente.
"Ontem à noite estivemos no local com a perícia e o Corpo de Bombeiros, mas não conseguimos avançar por causa das fortes chuvas. Os corpos devem ser periciados e recolhidos ainda hoje", declarou o delegado Gustavo Augusto, da 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), que conduz as investigações sobre o caso.
Segundo a polícia, os corpos de Shirlene e Tauane estavam cobertos por folhas em uma região de mata, próximo a uma cachoeira. As duas foram vistas pela última vez há quase duas semanas, quando saíram para mergulhar em um córrego da região. As condições em que os corpos foram encontrados levam os investigadores a crer que elas tenham sido vítimas de homicídio.
"Não é afogamento. Elas estavam cobertas com folhas. Também circunstância indicativa de que os criminosos queriam esconder o crime que cometeram”, detalhou o delegado-chefe adjunto da 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), Vander Braga. “Agora, nós vamos depender muito do laudo do IML [Instituto Médico-Legal] e da perícia para trabalharmos com a linha de investigação de crime praticado aí”, completou.
O caso
Shirlene, que estava grávida de quatro meses, e a filha saíram da chácara onde moram, no Sol Nascente, para um mergulho em um córrego próximo na tarde de 9 de dezembro e não voltaram. Por isso o marido acionou o socorro, e as buscas começaram.
Desde então, os bombeiros realizaram varreduras por terra, na orla ao longo do corpo d'água, com a ajuda de cães farejadores e drones. Mergulhadores também procuraram por elas.
Ao longo das buscas, a Polícia Civil chegou a trabalhar com a hipótese de que mãe e filha tinham fugido para o Nordeste. Isso porque, em depoimento, uma parente das duas afirmou que a prima queria deixar o Distrito Federal.