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Polícia prende integrantes de grupo que movimentou R$ 3,5 milhões com 'golpe do consignado'

Suspeitos são da mesma família e fizeram vítimas em 8 estados e no DF; ação ocorreu no RJ, com o apoio de agentes locais

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Sede da Polícia Civil
Sede da Polícia Civil Sede da Polícia Civil

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (5) uma operação para investigar suspeitos de integrar uma organização criminosa que teria aplicado o chamado golpe do consignado. Foram cumpridos nove mandados de prisão, nove de busca e apreensão e 13 de sequestro de bens. Ao todo, pelo menos R$ 3,5 milhões foram movimentados.

A ação ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, onde o grupo era monitorado, com o apoio de agentes locais. As prisões só ocorreram agora em razão das restrições da legislação eleitoral, que proíbe a dentenção nos cinco dias que antecedem as eleições e dois dias após o pleito, que ocorreu no último domingo (2).

Segundo a apuração, os três investigados pertencem à mesma família. Um homem, a esposa e a mãe dele teriam estabelecido uma empresa de fachada. A mulher teria usado o nome do irmão para abrir a empresa.

Com 30 funcionários, a organização operava como um call center e ligava para vítimas em todo o país para oferecer crédito consignado, quando as parcelas do empréstimos são abatidas na folha de pagamento.

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No entanto, os golpistas já detinham informações prévias sobre a vida financeira das vítimas, os valores dos empréstimos anteriores e contas bancárias, o que contribuía para convencê-las.

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Pelo menos cinco pessoas foram alvo dos golpistas no DF. Cada uma teve prejuízos entre R$ 90 mil e R$ 230 mil. Outras vítimas foram identificadas em oito estados: Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Rio de Janeiro, Goiás, Alagoas, Rio Grande do Sul e Bahia. 

Como funcionava

Os criminosos alegavam que poderiam efetuar a portabilidade da dívida para outros bancos, onde os clientes teriam melhores condições para quitar o débito, com juros mais baixos e menos parcelas. Para tanto, pediam que os alvos enviassem documentos pessoais.

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Com essas informações, os estelionatários contratavam novos empréstimos no nome das vítimas de maneira fraudulenta. Depois disso, eles bloqueavam o contato e as vítimas ficavam com os dois débitos sendo descontados nos contracheques.

De acordo com a Polícia Civil, a ação demonstra que "está ocorrendo sistemático vazamento dos dados pessoais da população brasileira" que possibilita esse tipo de golpe, com desrespeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

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