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Polícia quer saber quanto Neymar pagou em joia vendida por investigado

O jogador deve ser intimado como testemunha nas investigações da operação Huitaca, em Brasília

Brasília|Sarah Paes, do R7, em Brasília

Policial da PCDF durante a busca e apreensão
Policial da PCDF durante a busca e apreensão

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) explicou nesta sexta-feira (27) que precisa saber o valor da joia de diamantes que o jogador de futebol Neymar Jr. comprou de um dos investigados na operação Huitaca. Segundo os militares, os dados da nota fiscal do produto podem ser falsos, já que o ano de aquisição do objeto não condiz com a data em que foi feita a entrega pelo empresário Eduardo Rodrigues Silva, conhecido nas redes sociais como "Eduardo Joias".

Na nota fiscal encontrada pela polícia consta que o ano da compra é 2019; no entanto, de acordo com fotos publicadas nas redes sociais, a joia foi entregue a Neymar Jr. em 2017. Para fazer a ligação entre o suspeito e o jogador, a polícia realizou a quebra do sigilo fiscal dos envolvidos. O atleta foi intimado pela PCDF para prestar depoimento. A investigação também quer saber se ele tinha conhecimento dos crimes do empresário.

"Nós precisamos saber se essa nota fiscal no valor de R$ 106 mil traz ou não dados verdadeiros ou se foi usada apenas para 'esquentar' essa empresa que aparentemente era de fachada", explicou o delegado Fernando Cocito.

Operação

A operação realizou a apreensão de bens de luxo e a busca de quatro suspeitos nesta sexta. Três deles foram presos, e Rodrigues é considerado foragido pela polícia. As buscas foram realizadas em Taguatinga, Park Way, Águas Claras, Vicente Pires e Ceilândia. A organização criminosa é investigada pelos crimes de extorsão, agiotagem e lavagem de dinheiro.


De acordo com os responsáveis pela operação, uma pessoa era utilizada como "testa de ferro" para realizar operações financeiras realizadas pelo empresário. Entre 2019 e 2021, o grupo movimentou o valor de R$ 16 milhões.

Segundo a polícia, Rodrigues é suspeito de comandar a organização criminosa, e são sete as empresas investigadas — cinco em Brasília e duas em Goiânia (GO).


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A operação foi realizada em conjunto com a Receita Federal. “O fisco local trouxe a certeza técnica de que várias empresas envolvidas são de fachada, depois das análises de várias notas eletrônicas. O montante movimentado nas empresas é muito menor que o valor das contas dos membros do grupo”, afirmou o delegado.


Ao R7, a assessoria do jogador do Paris Saint-Germain informou que ainda não tem "nada a declarar".

A investigação teve início há seis meses, após uma denúncia anônima feita pelo telefone 197. Se condenados, os quatro suspeitos podem pegar até dez anos de prisão.

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