Policiais e promotores prendem grupo que fraudou R$ 2,6 milhões de banco do DF
Grupo se aproveitou de erro no aplicativo do banco para desviar o dinheiro; foram cumpridos 50 mandados durante a operação
Brasília|Jéssica Moura, do R7, e Pedro Canguçu, da RecordTV
A Polícia Civil do Distrito Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público do DF deflagraram uma operação conjunta na manhã desta quinta-feira (19) para desarticular uma associação criminosa investigada por realizar fraudes bancárias. Com os desvios, o grupo conseguiu cerca de R$ 2,6 milhões. O prejuízo foi causado ao Banco de Brasília (BRB).
A Justiça do Distrito Federal autorizou o cumprimento de 50 mandados, sendo 21 de prisão temporária, cumpridos em várias regiões do DF, e 29 de busca e apreensão, em endereços ligados aos alvos.
De acordo com as investigações, os criminosos teriam se aproveitado de um erro no aplicativo do BRB para celular para manipular as transações. Com isso, após fazer transferências, – inclusive, via Pix – e pagamentos de boletos e compras, os suspeitos cancelavam a transação. As fraudes teriam ocorrido entre 25 e 27 de março.
Desse modo, o dinheiro repassado às empresas retornava às contas originais dos investigados. Depois, remetiam o dinheiro para outras contas. A prática configura furto mediante fraude eletrônica, e as penas para condenados variam de 4 a 8 anos de prisão. O grupo ainda é investigado pela prática de associação criminosa, cuja condenação é de até 3 anos.
A operação foi batizada de Payback, em referência ao retorno financeiro obtido por meio de investimentos. O Ministério Público do Distrito Federal e a Polícia Federal colaboraram com os agentes da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos. Para o MP, os suspeitos tinham conhecimento técnico quanto às falhas no sistema, o que facilitou a fraude.