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Prefeitos do Entorno decidem ir à Justiça contra aumento das passagens de ônibus

Reunião ocorreu nesta segunda-feira com a presença de prefeitos das cidades próximas a Brasília para discutir o reajuste

Brasília|Sarah Paes, do R7, em Brasília


Reunião com prefeitos do Entorno do Distrito Federal para discutir reajuste das passagens de ônibus
Reunião com prefeitos do Entorno do Distrito Federal para discutir reajuste das passagens de ônibus

Prefeitos de cidades do Entorno do Distrito Federal decidiram, na manhã desta segunda-feira (5), entrar com uma ação na Justiça contra o aumento de até 26% nas tarifas das passagens de ônibus do Entorno do DF. A reunião ocorreu na sede da Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília (Amab). 

Participaram da conversa os prefeitos Pábio Mossoró (Valparaíso de Goiás), Carlinhos do Mangão (Novo Gama), Lucas Antonieti (Águas Lindas), Delegado Cristiomário (Planaltina) e Allysson Silva Lima (Alexânia), além da representante da Secretaria de Planejamento de Santo Antônio do Descoberto, Carol Perez, e o Assessor de Cocalzinho de Goiás, Marcos Paulo.

De acordo com o presidente da Amab e prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), os governantes foram surpreendidos com a notícia e apoiam o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com o pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o aumento seja suspenso.

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“Nesse último final de semana, fomos pegos de surpresa com o reajuste do preço das passagens do Entorno. Na reunião, definimos que cada município vai entrar com uma ação individual e também vamos sustentar o pedido feito pelo governador Ronaldo Caiado, ao STF, solicitando de imediato a suspensão desse reajuste das tarifas”, explicou Mossoró.

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Após esta ação, novas medidas serão tomadas de acordo com o resultado do pedido à Justiça. Segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob), as empresas que atuam com autorização especial sofreram um reajuste de 25,1%. Já as passagens das linhas da empresa Taguatur foram reajustadas em 26,4%. De acordo com o Governo do DF, o aumento evita o colapso do sistema, que está há dois anos e nove meses sem reajuste.

“Desde o ano passado, estamos em uma conversa com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o GDF e o Governo de Goiás para tentar que a região metropolitana do DF possa criar um consórcio para que, juntos, possamos definir esta questão dos transportes”, ressaltou o prefeito do município que fica a 38 quilômetros de distância de Brasília.

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Mossoró afirmou, ainda, que havia um acordo em que, caso fosse realizado algum reajuste nas passagens, a Amab seria comunicada previamente, o que não ocorreu. “A Assembleia de Goiás está analisando a criação da região metropolitana e, automaticamente, ficou definido nas reuniões anteriores da ANTT que qualquer medida que fosse tomada a associação seria comunicada", disse.

"Infelizmente, não fomos comunicados, não participamos dessa decisão do GDF de poder reajustar as tarifas que atingem mais de 170 mil passageiros que se deslocam do Entorno para o DF diariamente e, com isso, podem até perder seus empregos”.

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Protestos em Planaltina

Após a notícia do aumento do valor das tarifas, moradores de Planaltina de Goiás, cidade a 57 quilômetros da capital, foram para as portas dos terminais de ônibus para impedir que eles circulassem. Um trecho da rodovia GO-534 foi bloqueado com pneus queimados e galhos de árvore em protesto.

Ao R7, o prefeito de Planaltina de Goiás, Delegado Cristiomário, disse apoiar as manifestações desde que sejam realizadas pacificamente.

“A prefeitura de Planaltina tomou algumas medidas desde ontem. A primeira foi ajuizar uma ação contra o DF no Tribunal de Justiça visando suspender esse reajuste e também impor ao DF a obrigação de fazer uma licitação, já que o que funciona hoje é precário. Essa questão das manifestações eu apoio, desde que pacíficas", afirmou.

Segundo ele, a comunidade "está revoltada" e tem direito de se manifestar. "O impacto é grande no custo de vida do povo trabalhador", completou.

O prefeito disse também que aguarda a resposta da Justiça. “A gente aguarda ansiosamente uma decisão judicial que possa realmente restabelecer essa situação já que esse ajuste é exagerado, um absurdo que gera um problema enorme para todos”, ressaltou.

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