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R7 Brasília

Presa ex-servidora da Saúde do DF suspeita de vender vagas para UTI e cirurgia

Mulher é apontada também como integrante de grupo que vendia laudos falsos para processos de aposentadoria por invalidez

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Polícia Civil deflagrou a Operação Atroz em três regiões do DF na manhã desta sexta-feira (1º)
Polícia Civil deflagrou a Operação Atroz em três regiões do DF na manhã desta sexta-feira (1º)

A Polícia Civil deflagrou a Operação Atroz na manhã desta sexta-feira (1º) para cumprir seis mandados de prisão e outros seis de busca e apreensão contra um grupo crimonoso que vendia supostas vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), cirurgias e exames na rede pública de saúde do Distrito Federal.

A ação foi feita em endereços ligados aos envolvidos no Gama, em Santa Maria e no Recanto das Emas. Os delatores informaram que uma enfermeira negociava a alocação dos pacientes, mas, depois de receber pelo serviço, ela não cumpria o combinado.

No entanto, a apuração constatou que a mulher não tem qualquer vínculo com a Secretaria de Saúde atualmente. Ela foi servidora da pasta entre 2013 e 2014. Aos clientes, usando nomes falsos, a ex-servidora alegava que trabalhava em diferentes hospitais e convencia as vítimas de que poderia ajudá-las a furar a fila.

O golpe estaria em curso desde 2018, e a investigação começou em janeiro deste ano, após o registro de denúncias anônimas. Para não ser identificada pela polícia, a mulher indicava a conta bancária de amigos e de parentes para receber os valores obtidos com os golpes.


Um dos comparsas teria vínculos políticos e encaminhava vítimas à falsa enfermeira. Em troca, ele viabilizaria vagas de emprego a pessoas de interesse da investigada. Mais do que as vagas em hospitais, a mulher também comercializava atestados, receitas e laudos médicos falsos. Os documentos seriam usados em processos para concessão de aposentadoria por invalidez.

A suspeita foi presa temporariamente. A Polícia Civil ainda não descartou a participação de servidores públicos nas fraudes. Os envolvidos devem responder por associação criminosa, estelionato, falsificação de documento e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem chegar a 24 anos de prisão.

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