CPMI do INSS: presidente de sindicato ligado a irmão de Lula recusa responder perguntas
Milton Baptista fez uso de habeas corpus e se recusou a responder questionamentos do relator da comissão
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília
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O presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), Milton Baptista, optou por ficar em silêncio durante depoimento à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que apura o esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) nesta quinta-feira (9).
Baptista comanda o sindicato ligado a José Ferreira da Silva, conhecido por Frei Chico, que é irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Sindnapi está no radar da investigação da Polícia Federal, e foi um dos alvos da nova fase da operação Sem Desconto, que contou com ações nesta manhã. O depoente também foi um dos alvos da ação policial.
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A opção por ficar em silêncio atende as previsões do habeas corpus concedido pelo ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A decisão do magistrado foi duramente criticada pela cúpula da CPMI, com questionamentos feitos pelo presidente da Comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), e pelo relator, Alfredo Gaspar (União-AL).
“Blindando uma pessoa que tem muito ao que responder ao povo brasileiro. Eu respeito, mas eu estranho, mais uma vez, um habeas corpus que venha de um ministro que já permitiu que uma pessoa não viesse”, afirmou Viana.
Silêncio por operação da PF
O advogado de Baptista, Bruno Borragine, atribuiu o silêncio do presidente do sindicato à operação da PF do início desta manhã, e disse que a situação faz com que ele fique em posição diferente de outros que foram intimados e “ficaram quietos”.
“O Sr. Milton veio hoje de manhã preparado, com um caderno de respostas, para poder responder toda e qualquer pergunta de vossas excelências. Ocorre que - acho que todo mundo aqui já está sabendo - ele foi alvo, às 6h30 da manhã, da nova fase da Operação Sem Desconto. Ele estava aqui já presente. Como não tinha ninguém em sua casa, sua casa foi arrombada. Ele não tem condição psicológica de poder falar”, afirmou o advogado.
Ele ainda disse que, até às 7h30, ele estava preparado para responder às perguntas dos congressistas e havia preparado um vídeo e material para explicar o trabalho do sindicato, mas pela condição psicológica, ficaria em silêncio.
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