Presidente do Superior Tribunal Militar pede perdão por crimes da ditadura
Maria Elizabeth Rocha reconheceu erros da Justiça Militar e citou vítimas como Vladimir Herzog e Rubens Paiva
Brasília|Do R7, em Brasília
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Cinco décadas após o assassinato do jornalista Vladimir Herzog, um ato realizado no sábado (25), em São Paulo, reuniu centenas de pessoas para homenagear as vítimas da ditadura militar. O momento mais simbólico ocorreu durante o discurso da ministra Maria Elizabeth Rocha, presidente do Superior Tribunal Militar (STM).
Ela pediu perdão público aos mortos, desaparecidos e famílias atingidas pelo regime.
“E a tantos outros homens e mulheres que sofreram com as torturas, as mortes, os desaparecimentos forçados e o exílio”, disse a ministra.
A cerimônia foi promovida pela Comissão Arns e pelo Instituto Vladimir Herzog e marcou os 50 anos da morte do jornalista.
“Eu peço, enfim, perdão à sociedade brasileira e à história do país, pelos equívocos judiciários cometidos pela Justiça Militar Federal em detrimento da democracia e favoráveis ao regime autoritário. Recebam o meu perdão, a minha dor e a minha resistência”, declarou.
Ao mencionar Vladimir Herzog e o ex-deputado Rubens Paiva, a ministra reconheceu a responsabilidade institucional de decisões tomadas durante o período ditatorial.
Herzog, então diretor de Jornalismo da TV Cultura, morreu em 25 de outubro de 1975, nas dependências do DOI-Codi, órgão de repressão vinculado ao Exército. Detido sem ordem judicial, ele havia se apresentado voluntariamente naquela manhã para prestar depoimento, e sua morte se tornou símbolo da luta pela democracia no Brasil.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
