Preso suspeito de mandar matar Marielle, Chiquinho Brazão é expulso do União Brasil
O avião com os três apontados como supostos mandantes do assassinato da vereadora pousou em Brasília por volta das 16h
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
A Comissão Executiva Nacional do União Brasil aprovou por unanimidade o pedido de
expulsão com cancelamento de filiação partidária do deputado federal Chiquinho Brazão após o parlamentar ser preso neste domingo (24) e apontado pela Polícia Federal como mandante da morte da vereadora Marielle Franco.
"Embora filiado, o parlamentar já não mantinha nenhum relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar", disse o partido em nota.
A decisão da Executiva Nacional aponta que Brazão incide em ao menos três condutas ilícitas
previstas no artigo 95 do Estatuto: atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito,
ao Regime Democrático e aos interesses partidários; falta de exação no cumprimento dos
deveres atinentes às funções públicas e partidárias e violência política contra a mulher.
"O União Brasil repudia de maneira enfática quaisquer crimes, em especial os que atentam
contra o Estado Democrático de Direito e os que envolvem a violência contra a mulher. A direção
do partido manifesta profunda solidariedade às famílias de Marielle e Anderson", afirma a nota.
O avião com os apontados como supostos mandantes do assassinato de Marielle pousou em Brasília por volta das 16h deste domingo (24). Os três foram presos nesta manhã, no Rio de Janeiro, e vão passar a noite na penitenciária federal da capital do país.
Os investigados devem seguir nesta segunda-feira (25) para as unidades de segurança máxima de Porto Velho (RO) e de Campo Grande (MS). As autoridades de segurança ainda não informaram para qual presídio cada investigado será transferido.