Brasília Projeto das apostas esportivas deve incluir taxação a cassinos online, diz relator

Projeto das apostas esportivas deve incluir taxação a cassinos online, diz relator

Texto deve ser votado nesta quarta; ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê arrecadar R$ 12 bi por ano com a regulamentação

  • Brasília | Hellen Leite, do R7, em Brasília

Empresas deverão pagar R$ 30 milhões para operar

Empresas deverão pagar R$ 30 milhões para operar

JOÉDSON ALVES/AGÊNCIA BRASIL

O relator do projeto de lei das apostas esportivas, deputado Adolfo Viana (PSDB-BA), afirmou nesta terça-feira (12) que o parecer também vai autorizar a regulamentação dos cassinos online. A proposta foi discutida mais cedo com os líderes partidários e deve ser votada no plenário nesta quarta (13).

Não estamos falando de liberar jogos novos, mas arrecadar sobre os que já existem. Não há uma cidade no país onde não se jogue em cassinos online.

deputado Adolfo Viana (PSDB-BA), elator do projeto de lei das apostas esportivas

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Ainda segundo o relator, a taxação deve ocorrer nos moldes do que foi proposto pelo governo: 18% sobre o faturamento bruto das empresas e 30% de Imposto de Renda sobre os ganhos de cada aposta.

Viana também destacou que o projeto define que, para funcionar, as empresas deverão pagar R$ 30 milhões pela autorização, que valerá pelo período de cinco anos. Os bancos serão proibidos de fazer transações com empresas que não estiverem regularizadas.

"Evoluímos muito no texto, mas a maioria dos parlamentares pediu que a gente mantivesse a carga tributária como o governo enviou. Eu fiz uma proposta de reduzir, mas, quando assumimos a responsabilidade de relatar uma matéria, temos que ouvir a maioria dos deputados", completou o relator.

Meta de déficit zero no ano que vem

A proposta faz parte do pacote de medidas do governo federal para elevar as receitas e cumprir a meta de déficit zero no ano que vem. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a arrecadação anual com apostas pode chegar a R$ 12 bilhões. 

O projeto prevê que empresas que explorarem esse nicho deverão adotar procedimentos e sistemas de controle interno para prevenir a lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e a proliferação de armas de destruição em massa, além da manipulação de resultados.

No caso de evidências de manipulação de fraudes, o Ministério da Fazenda poderá determinar de forma cautelar a suspensão imediata das apostas e a retenção do pagamento de prêmios, entre outras medidas.

Pelo texto, o não atendimento dessas medidas implica multa de até R$ 100 mil por dia ao infrator. A expectativa é que, aprovada a proposta, seja criada uma secretaria especial para a tributação das apostas no Ministério do Esporte, que passará a ser chefiado por André Fufuca (PP-MA) a partir desta quarta (13). O dinheiro arrecadado e a taxa sobre receita das empresas de apostas serão divididos entre Seguridade Social, Ministério do Esporte e Ministério do Turismo.

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