O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios condenou um estagiário de direito que falsificou a carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e aplicou golpes em clientes ao se passar por advogado. O então estudante vai cumprir pena de seis anos e oito meses de reclusão, com regime inicial semiaberto, além do pagamento de 44 dias-multa.Segundo a Justiça, o estagiário trabalhava em um escritório de advocacia e modificou o documento com seus dados pessoais, utilizando o número de registro de outro profissional.Com essa identidade falsa, ele se apresentava como advogado em delegacias de polícia para registrar ocorrências, firmava contratos de prestação de serviços alegando ter capacidade para atuar em juízo e acompanhava clientes em diligências policiais.De acordo com as investigações, em um dos casos, o estagiário foi contratado por uma conhecida para realizar um inventário extrajudicial após o falecimento da mãe dela. Ele cobrou R$ 4.000 pelo serviço e chegou a receber R$ 2.517, valor que nunca foi devolvido.À Justiça, o rapaz admitiu ter criado a carteira falsa em um programa do computador pessoal dele. O documento foi encontrado em um pen-drive durante busca e apreensão em sua casa. O Tribunal reconheceu que os crimes de uso de documento falso e falsidade ideológica foram praticados de forma contínua, como parte de um mesmo esquema. Por isso, aplicou um benefício previsto em lei que permite reduzir a pena quando crimes parecidos acontecem em situações semelhantes.O colegiado também absolveu o réu de uma das condutas de falsidade ideológica por falta de materialidade, já que em determinada petição ele havia assinado corretamente como estagiário.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp