O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), disse, nesta segunda-feira (17), que o cantor Gusttavo Lima está “convidado” para tudo o que diz respeito a disputa pela Presidência da República ao seu lado. Caiado, porém, negou discutir uma chapa conjunta agora. A declaração foi dita ao R7 após a posse do presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Beto Simonetti, em Brasília.“Em relação à minha pré-candidatura, dia 4 de abril nós estaremos em Salvador (BA), para a gente debater fortemente esse assunto”, disse Caiado. “[Gusttavo] Ele está convidado para tudo meu. E eu também quero estar na carona de tudo dele”, prosseguiu ao ser questionado sobre a caminhada com o cantor.Ao ser interpelado sobre formar chapa com o sertanejo, Caiado afirmou que “ninguém está discutindo chapa”. “Eu sei um pouco de política, discutir chapa em um ano antes é um pouco primário”, prosseguiu. “Vamos estar juntos”, finalizou.Em abril, Gusttavo Lima deve marcar presença no evento de lançamento da pré-candidatura de Caiado. No início deste mês, o governador disse ao R7 que estaria junto do cantor na disputa.Porém, ele explicou que a decisão sobre a composição da chapa, ou seja, quem vai ser o cabeça e o candidato a vice-presidência, só acontecerá no próximo ano.“Nós estaremos juntos em 2026. A decisão de cabeça de chapa será em 2026″, declarou Caiado, ao mencionar que, no próximo ano, ele e o cantor vão “andar o Brasil juntos”.Apesar de Caiado tentar enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, o partido a qual ele pertence tem três ministérios no governo petista atualmente.Além disso, a composição de chapa Caiado e Lima poderá enfrentar resistência na direita. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), considerado um líder da ala, mantém a candidatura ao posto, apesar de estar inelegível até 2030. Bolsonaro acredita que poderá reverter a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).No entanto, além de tal condenação, ele enfrenta processos no STF (Supremo Tribunal Federal), sendo suspeito de liderar um grupo criminoso que queria dar um golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022.Na possibilidade de Bolsonaro não concorrer à Presidência, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é citado por uma ala da direita como alternativa. Ele, contudo, nega qualquer pretensão ao posto publicamente, afirmando que tentará a reeleição para o Palácio dos Bandeirantes.