Relator da LDO diz que derrubada de vetos de Lula está de 'comum acordo' com governo
Presidente retirou de texto aprovado pelo Congresso trechos relacionados ao pagamento de emendas parlamentares
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
O relator da LDO de 2024 (Lei de Diretrizes Orçamentárias), deputado federal Danilo Forte (União-CE), afirmou nesta terça-feira (12) que o governo está de "comum acordo" em relação à derrubada de "quase metade" dos 35 vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao texto aprovado pelo Congresso Nacional. A declaração do parlamentar ocorreu depois de reunião com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo com o Legislativo.
"Houve um avanço, porque praticamente quase metade já está de comum acordo com relação à derrubada dos vetos. Alguns pontos que tratam do cronograma [para a liberação de emendas parlamentares impositivas] e da questão do resto a pagar ainda vai ter uma segunda discussão. Outros [artigos vetados] o governo ficou de apresentar uma nova redação dia 22", afirmou Forte.
A LDO direciona a LOA (Lei Orçamentária Anual), que é o Orçamento da União. O Orçamento da União para 2024 havia sido aprovado pelo Congresso Nacional em 22 de dezembro de 2023 e prevê receitas e despesas de R$ 5,5 trilhões.
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Além de vetar o trecho que abordava o cronograma das emendas, o presidente também retirou do projeto o artigo que obrigava o pagamento das emendas em até 30 dias após a divulgação das propostas e também a parte sobre os pagamentos em outras áreas que deveriam ser feitos até 30 de junho de 2024.
Há, ainda, mais quatro assuntos acordados com o Congresso, e vetados pelo governo, que têm chance de cair: a política de atenção às crianças com deficiência, a política de combate à violência contra a mulher, a destinação de 30% do Minha Casa, Minha Vida para pequenas cidades e a preservação do seguro rural.
Para rejeitar um veto presidencial é necessário alcançar maioria absoluta de votos no Congresso. Isso significa a adesão de, no mínimo, 257 deputados e 41 de senadores.