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R7 Brasília

Relatório preliminar sobre a queda de avião em Vinhedo será divulgado nesta semana

Documento com resposta parcial sobre o que pode ter motivado tragédia tem de ser emitido em até 30 dias a partir do acidente

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília


Aeronave caiu no início de agosto Reprodução/Record TV/Arquivo

O relatório preliminar sobre o acidente com o avião da Voepass, ocorrido no início de agosto, será apresentado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) na próxima sexta-feira (6). O documento precisa ser enviado à Organização Internacional da Aviação Civil em até 30 dias a partir da ocorrência. No relatório, as autoridades fornecem uma resposta parcial sobre o que teria acontecido durante o voo. O documento também serve como um alerta para outros países que utilizam o mesmo modelo da aeronave que caiu. Ainda não há uma data para a apresentação do relatório final. A tragédia deixou 62 mortos (58 passageiros e quatro tripulantes).

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No dia 16 de agosto, o Cenipa já havia atualizado o documento inicial sobre o acidente, afirmando que a “tripulação perdeu o controle da aeronave”. A página da ocorrência deixa claro, no entanto, que todas as informações contidas ali poderiam ser alteradas até o relatório final de investigação.

Mapeamento feito pela PF permite acesso virtual ao local do acidente
Mapeamento feito pela PF permite acesso virtual ao local do acidente Divulgação/Material cedido à RECORD

As duas caixas-pretas do voo foram recuperadas pelo Cenipa, que conseguiu extrair os dados do voo e a gravação das conversas dentro da cabine do avião. Os equipamentos foram encaminhados ao Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo, em Brasília. Além dos gravadores, os motores do avião foram recuperados para tentar determinar a causa do acidente.

O acidente

A aeronave decolou de Cascavel (PR) às 11h50 do dia 9 de agosto e deveria pousar em Guarulhos (SP) às 13h45.


O percurso foi seguido normalmente até por volta das 13h, mas segundo informações da Força Aérea Brasileira, a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, nem declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas.

A perda de contato com o radar ocorreu às 13h22.


A aeronave caiu no jardim de uma casa em um condomínio fechado. Às 13h28, foi reportada a queda no bairro Capela, em Vinhedo, a 464,4 km de São Paulo.

A Defesa Civil informou que a aeronave explodiu ao cair no chão. Todos que estavam no avião morreram por politraumatismo, um termo médico usado para descrever uma condição em que uma pessoa sofre múltiplas lesões traumáticas ao mesmo tempo.


Apesar de a aeronave ter explodido no quintal de uma casa, nenhuma pessoa foi atingida em solo. Vídeos registraram o momento da queda do avião.

Especialistas acreditam que o mau tempo pode ter contribuído para o acúmulo de gelo nas asas. Pilotos que sobrevoaram São Paulo no dia da tragédia confirmaram uma condição atmosférica fora do normal.

A aeronave que caiu era do modelo ATR-72, um avião de médio porte com boa reputação de segurança. Por características de projeto, voa a uma altitude inferior à operada pelos grandes jatos, justamente onde ocorre uma maior formação de gelo na atmosfera.

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