Renan Filho descarta 'afundamento de grandes proporções' de solo em áreas isoladas de Maceió
O Ministro dos Transportes acompanha a operação em Alagoas após rompimento de mina de sal-gema explorada pela Braskem
Brasília|Giovanna Inoue e Laísa Lopes, do R7, em Brasília
Após o rompimento de uma das minas de sal-gema exploradas pela empresa Braskem na região da lagoa Mundaú, bairro do Mutange, em Maceió (AL), o ministro dos Transportes, Renan Filho, disse nesta quinta-feira (30), na capital alagoana, que as áreas isoladas não serão danificadas. Mais de 55 mil pessoas tiveram que deixar a região.
"Não haverá afundamento de grandes proporções que possa ultrapassar a área que já foi isolada", disse o ministro, que acrescentou que a principal preocupação no momento é alertar a população.
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Ninguém pode ficar ou circular na região%2C pois o movimento de terra pode criar uma abertura na superfície e criar uma cratera.
O problema obrigou a retirada de 85 pacientes do Hospital Sanatório, localizado em uma área de risco, para outras unidades de saúde.
O ministro foi a Alagoas por determinação do presidente em exercício Geraldo Alckmin, na manhã desta quinta (30) para reunir informações e acompanhar o risco de colapso da mina. Além dele, os secretários-executivos dos ministérios das Cidades e do Desenvolvimento e Assistência Social fazem parte da missão.
A prefeitura da capital alagoana decretou estado de emergência após um alerta para "risco iminente de colapso" no bairro de Mutange, onde fica a mina 18 da Braskem. As causas dos tremores de terra nos últimos dias ainda são investigadas pelas autoridades.
"A situação é preocupante, porque a velocidade de subsidência tanto vertical quando horizontal continua alta, indicando afundamento do solo", disse o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Pedro Nobre Jr. Na geologia, o processo de subsidência se refere ao movimento de afundamento do solo.
CPI da Braskem
No fim de agosto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu o requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, com o objetivo de investigar a empresa, apontada como responsável pelos afundamentos.
A CPI foi uma proposta do senador alagoano Renan Calheiros (MDB) e contou com o apoio de 45 senadores, tendo ultrapassado as 27 assinaturas necessárias para sua instalação. Na justificativa, Renan alega que a comissão deve investigar a "falta de transparência da empresa", que, após cinco anos, ainda não fez a reparação integral dos danos socioambientais na região atingida.