Rosa Weber é escolhida relatora de ação contra a PEC dos Precatórios
Parlamentares alegam que o processo de aprovação do texto violou o Regimento Interno da Câmara
Brasília|Renato Souza e Sarah Teófilo, do R7, em Brasília
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi escolhida como relatora de uma ação apresentada por deputados contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios. O texto foi aprovado em primeiro turno na Câmara e aguarda avaliação em segundo turno. Além disso, ele precisa de aprovação no Senado, também em dois turnos.
Na ação apresentada ao Supremo na quinta-feira (4), os parlamentares alegam que o processo de aprovação violou o Regimento Interno da Câmara, pois deputados que estavam em viagem puderam votar.
Assinam o pedido os deputados Alessandro Molon (PSB-RJ), Joice Hasselmann (PSDB-SP), Fernanda Melchionna (Psol-RS), Kim Kataguiri (DEM-SP), Marcelo Freixo (PSB-RJ) e Vanderlei Macris (PSDB-SP).
Além da ação dos parlamentares, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) questionou, em nota à imprensa, o processo de votação da PEC.
Para a entidade, além de permitir que deputados no exterior votassem, o presidente da Câmara, Arthur Lira, usou de maneira inadequada uma emenda aglutinativa. "A Presidência da Câmara permitiu a apresentação de emenda aglutinativa (§3º, art. 188, RICD) com o parecer do relator Hugo Motta (Republicanos-PB) e trechos negociados com diferentes bancadas. A emenda aglutinativa tem por objetivo fundir um texto com emendas apresentadas. Porém, no caso de PECs, isso só pode ser feito em Comissão Especial", informou a entidade, em nota.