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'Se a gente não concluir' acordo União Europeia-Mercosul, 'estamos sendo irrazoáveis', diz Lula

Presidente afirmou ter esperança em finalizar o tratado entre as regiões econômicas e falou em respeitar a posição da França

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Lula e o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz
Lula e o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz Lula e o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (4) que não vai desistir do acordo entre o Mercosul e a União Europeia e que, se o tratado não for concluído, será por causa da irrazoabilidade dos governantes em relação a necessidades sociais, econômicas e políticas. A declaração foi dada ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, em Berlim, na Alemanha.

"Eu só posso dizer para você que não vai ter assinatura na hora em que terminar a reunião do Mercosul, que eu tiver o não. Enquanto eu puder acreditar que é possível fazer esse acordo, eu vou lutar para fazer. Porque, depois de 23 anos, se a gente não concluir o acordo, é porque, eu penso, nós estamos sendo irrazoáveis com as necessidades que nós temos de avançar nos acordos políticos, sociais e econômicos", afirmou Lula.

"Além da posição da França, temos a posição da Argentina, que teve eleição, e o novo presidente toma posse dia 10. Dia 6 haverá uma reunião dos chanceleres, que vão tentar resolver alguma pendência técnica que existe. Enquanto eu puder acreditar que é possível fazer esse acordo, eu vou lutar para fazer", completou.

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Durante a coletiva de imprensa, o chanceler alemão afirmou ser a favor da iniciativa. "Vamos envidar esforços adicionais para que esse acordo possa ser concluído. A comissão tem conduzido as negociações, e eu e o presidente Lula temos mantido contato a respeito dessas iniciativas. Juntos, queremos utilizar ainda mais o potencial da migração, permitindo que profissionais qualificados venham para a Alemanha para trabalhar aqui", disse Scholz.

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Recentemente, o presidente da França, Emmanuel Macron, expressou sua firme oposição ao acordo de livre comércio entre a UE e o Mercosul, por contrariar a defesa da biodiversidade e o combate à mudança climática. Ele disse esperar que o governo de Javier Milei na Argentina se comprometa com ambos os objetivos. "É um acordo que não é bom para ninguém", afirmou o francês.

Viagem

Lula está em Berlim desde este domingo (3) para uma série de agendas de trabalho. Segundo o Palácio do Planalto, estão previstos cerca de 20 acordos entre o Brasil e a Alemanha, em áreas como meio ambiente, desenvolvimento global, bioeconomia, energia e saúde. Os dois países são parceiros em comércio e investimentos, sobretudo no setor industrial. A Alemanha foi a quarta maior origem de importações do Brasil no ano passado. Entre janeiro e outubro de 2023, o comércio alcançou US$ 15,98 bilhões. Em 2022, a corrente de negociações ultrapassou US$ 19,07 bilhões.

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