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Se Senado não mudar marco fiscal, DF pode ter repasse federal R$ 11 bilhões menor em 2033, diz GDF

Segundo o estudo, feito pelo Governo do Distrito Federal, em dez anos a capital do país deixará de receber R$ 87,8 bilhões

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

DF fez estudo sobre perdas com novo marco
DF fez estudo sobre perdas com novo marco DF fez estudo sobre perdas com novo marco

Um estudo do Governo do Distrito Federal entregue a parlamentares do Congresso mostra que o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) poderá ser R$ 11 bilhões menor em 2033 do que é atualmente se não houver mudança no texto do novo marco fiscal. Segundo o documento, em dez anos, o DF deixará de receber R$ 87,8 bilhões.

O levantamento é assinado pelo secretário de Planejamento, Orçamento e Administração do DF, Ney Ferraz. O fundo é uma verba repassada pelo governo federal ao DF anualmente para custear a segurança pública, a saúde e a educação da capital federal. O repasse é previsto na Constituição e regulamentado pela lei 10.633/2002. O FCDF é considerado uma ajuda de custo, já que Brasília sedia a estrutura dos Três Poderes e de embaixadas de diversos países, que também são atendidas pelas forças de segurança e pelos serviços públicos locais.

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Segundo a lei federal que rege o fundo, os reajustes anuais no repasse acompanham o crescimento do país. Com a mudança imposta pelo novo marco fiscal, o repasse passa a ser considerado gasto público não excepcional e receberá um reajuste de 2,5% do crescimento real das despesas em relação ao ano anterior mais a variação acumulada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação.

Perdas financeiras

O estudo apresentado a deputados federais e senadores mostra um histórico, desde o primeiro pagamento, em 2002, de R$ 2,9 bilhões. No ano seguinte, o Fundo Constitucional teve um reajuste de 15,73% e passou para R$ 3,3 bilhões. Em 2013, dez anos depois, o repasse estava em R$ 10,6 bilhões e, em 2023, a previsão é de R$ 22,9 bi. A média de aumento anual de 2002 até o repasse do ano que vem, que já está calculado, é de 10,71%.

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Com a mudança no cálculo, o problema virá a partir de 2025. O valor do FCDF projetado para o período segundo os cálculos atuais é de R$ 28,1 bilhões. Com a mudança prevista no marco fiscal, porém, a estimativa de repasse cai quase R$ 2 bilhões.

Nos próximos anos, com o acúmulo da queda no reajuste do repasse, a diferença cresce. Em 2026, por exemplo, o valor estimado segundo as regras atuais é de R$ 31,1 bilhões. Com as alterações, cai para R$ 28,4 bi — uma diferença de quase R$ 3 bilhões.

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Em 2033, segundo os cálculos atuais, o fundo estaria em R$ 63,4 bilhões. Mas, pela regra prevista no arcabouço fiscal, o FCDF estará em R$ 42 bilhões, mais de R$ 11 bilhões de diferença de um cálculo para o outro. É esse acúmulo, conforme mostra o estudo, que, somado, leva o DF a uma perda de R$ 87.802.908.425,87.

O alerta do governo é que as reduções impactarão diretamente a segurança pública do DF. O texto deve começa a tramitar no Senado nos próximos dias. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), deputados distritais e a bancada do DF no Congresso têm conversado com os senadores para sensibilizá-los da importância de manter o modelo atual de cálculo do FCDF.

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