Secretaria de Educação do DF é alvo de operação que investiga fraudes na compra de móveis
Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da pasta e na Cidade Ocidental (GO)
Brasília|Do R7, em Brasília
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (21), uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados a um grupo suspeito de fraude no processo de compra de móveis, equipamentos escolares e eletrônicos para escolas públicas e para Secretaria de Educação do Distrito Federal.
A operação, que contou com o apoio do Ministério Público do DF, cumpriu 14 mandados na sede da secretaria e na Cidade Ocidental (GO). Segundo a Polícia Civil, os suspeitos teriam aumentado em 88% o valor das compras, em um dos preços, passando de R$ 21,6 milhões para R$ 40,7 milhões.
As investigações ainda apontaram que o grupo usou cinco empresas, com vínculos entre si, para fraudar a aquisição dos produtos. De acordo com a polícia, elas aparentam não exercer nenhuma atividade e três delas estão com endereço cadastral no mesmo andar comercial da empresa vencedora do processo.
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A Secretaria de Educação informou que acompanha e colabora com as investigações. “A pasta informa, ainda, que não realizou as compras dos mobiliários citados. Quanto aos servidores, informa-se que serão afastados, conforme a decisão judicial, e as providências administrativas serão tomadas pela Secretaria.”
Os suspeitos são investigados por associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento público, uso de documento falso, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa e modificação irregular em contrato administrativo. Em caso de condenação, podem pegar mais de 30 anos de prisão.
"Rachadinha"
O servidor de cargo comissionado Celso Francisco de Assis, alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal por suspeita de "rachadinha", foi exonerado da Subsecretaria de Desenvolvimento Regional e Operações nas Cidades, da Secretaria Executiva das Cidades. A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF no dia 4 de maio.
Nomeado como assessor especial, Celso recebia um salário no valor de R$ 4.684,66. Ele é acusado de indicar pessoas de seu interesse para ocupar outros cargos comissionados e exigir delas o repasse de parte do salário. Na casa dele foram encontrados R$ 30 mil em espécie.