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R7 Brasília

Senado aprova limitação das compensações de créditos tributários, e projeto vai a sanção

Governo tratou do assunto por meio de medida provisória com a intenção de aumentar a arrecadação de impostos

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) Waldemir Barreto/Ag�ncia Senado

O Senado aprovou nesta terça-feira (14) o projeto que limita o quanto os contribuintes podem pedir de compensação de tributos federais a pagar usando créditos obtidos por meio de decisão judicial. Como a matéria já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, vai à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Inicialmente, a proposta enviada pelo governo, tratada por MP (medida provisória), também acabava com a desoneração da folha de pagamento para 17 setores e determinava um cronograma para o fim do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). No entanto, o texto acabou desidratado por falta de consenso entre o governo e o Congresso.

O governo vê a limitação da compensação de créditos tributários em 30% ao ano como uma medida para aumentar a arrecadação federal. Essas restrições se aplicam às empresas com créditos tributários superiores a R$ 10 milhões e que obtiveram decisões judiciais favoráveis definitivas. A proposta estabelece um prazo de 12 a 60 meses para a devolução dos créditos.

Pelo texto, o período mínimo para a compensação é de 12 meses para créditos entre R$ 10 milhões e R$ 99 milhões, aumentando gradualmente conforme o valor dos créditos. Na faixa mais alta, com créditos acima de R$ 500 milhões, o período mínimo é estendido para 60 meses.

O relator da matéria, deputado Rubens Pereira Junior (PT-MA), afirmou que a compensação deve entrar no Orçamento para que haja previsibilidade. “Compensar é um direito do contribuinte, mas parcelar é um dever do Estado. O Estado não pode ser reduzido a um depositório judicial”, disse.

“O acordo político que foi feito foi cumprido. A medida provisória nasceu grande, mas ao final ela se limitou a tratar de compensações tributárias. Os outros temas são tratados à parte; a questão dos municípios nós sentaremos para discutir”, completou.

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