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Senado aprova novo marco fiscal; veja como ficou o texto

Por ter sido alterado na Casa, texto volta à análise da Câmara; tempo de tramitação depende agora de Arthur Lira

Brasília|Camila Costa e Hellen Leite, do R7, em Brasília

Fundo Constitucional do DF ficou fora do novo texto
Fundo Constitucional do DF ficou fora do novo texto Fundo Constitucional do DF ficou fora do novo texto

O Senado aprovou nesta quarta-feira (21) o texto-base da proposta do novo marco fiscal, regra que vai substituir o teto de gastos, em vigor desde 2017. O relator da matéria, senador Omar Aziz (PSD-AM), fez mudanças no texto aprovado na Câmara no fim de maio, como a retirada do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Fundo Constitucional do Distrito Federal e das despesas com ciência, tecnologia e inovação do texto.

Todas as sugestões de mudança no texto foram rejeitadas em plenário. 

Como sofreu modificações, o texto vai voltar à análise da Câmara. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou que tem a intenção de pautar o projeto antes do recesso parlamentar, previsto para começar em 13 de julho. 

O governo federal tem pressionado para que a matéria seja analisada e aprovada no Congresso. Isso porque a equipe econômica depende da definição da nova regra para que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) avance.

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A LDO orienta a elaboração do Orçamento e define as prioridades do governo para a economia, com informações como previsões de receitas e despesas, a meta fiscal e a estimativa para o novo salário mínimo.

O projeto do novo marco fiscal foi enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional em abril, passou pela Câmara e chegou ao Senado em 2 de junho. A regra determina que as despesas só podem aumentar em até 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores.

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Em momento de maior crescimento da economia, a despesa não pode crescer mais que 2,5% ao ano acima da inflação. Em momentos de contração econômica, o gasto não pode ser maior que 0,6% ao ano acima da inflação.

Diferentemente do anunciado anteriormente, Aziz voltou atrás em sugerir mudanças no cálculo da inflação, depois de não ter conseguido chegar a um acordo com o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), relator na Câmara.

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Emenda acatada

O cálculo do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) constará no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) a partir de 2024. A proposta inicial do governo previa calcular a média do IPCA entre janeiro e dezembro. Já a Câmara alterou esse intervalo para o período entre junho e julho, com o argumento de que se leva em conta uma análise de dados consolidados, e não projetados.

Para "corrigir" esse trecho, o líder do governo, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), apresentou emenda preservando o período de apuração do IPCA imposto pela Câmara, no entanto, prevendo uma permissão para que o Orçamento de 2024 seja enviado ao Congresso com a previsão de despesas condicionadas, que só serão executadas após aprovação de crédito extraordinário pelo Legislativo.

Segundo Randolfe, o cálculo de IPCA feito na Câmara levou em consideração o mês de agosto passado, que teve deflação, em decorrência da "redução arbitrária de tributos sobre preço combustível". "Criou-se a necessidade de R$ 30 a R$ 40 bilhões para o ano que vem. O objetivo é evitar esse corte, permitindo que o montante, por meio de um PLN, após LOA, estabeleça essa margem, que é indispensável para os planos do governo e os investimentos em transporte, desenvolvimento regional", explicou.

Na prática, essa liberação de recursos ainda dependerá de aprovação do Executivo, no caso de inflação maior do que a previsão calculada. 

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