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Senado planeja sabatinar Galípolo em 17 de setembro ou após eleições municipais

Vanderlan Cardoso deverá se reunir nesta terça-feira com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, para definir a data da sabatina

Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília


Senado planeja sabatinar Galípolo em 17 de outubro ou após eleições municipais
Senado planeja sabatinar Galípolo Pedro França/Agência Senado - 04/07/2023

O presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), planeja realizar a sabatina de Gabriel Galípolo, indicado pelo governo para presidir o Banco Central, em 17 de setembro, ou após as eleições municipais. Vanderlan Cardoso deverá se reunir ainda nesta terça-feira (3) com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para discutir e definir a data da sabatina. O horário da reunião ainda não foi definido.

Na manhã desta terça-feira (3), Vanderlan Cardoso se reuniu com o senador Otto Alencar (PSD-BA), líder do PSD no Senado, e Gabriel Galípolo para discutir a data da sabatina, em um encontro que durou cerca de uma hora. Segundo Vanderlan, as conversas estão avançando, mas a data ainda depende de uma reunião posterior com Pacheco.

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Vanderlan Cardoso também informou que a relatoria da sabatina de Galípolo está entre os senadores Ângelo Coronel (PSD-BA) e Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado. A escolha do relator será decidida após novas consultas entre os membros da CAE.

A demora na marcação da sabatina é especialmente defendida pelos opositores do governo no Senado, devido à proximidade das eleições municipais em 6 de outubro, o que pode dificultar a obtenção de um bom quórum de senadores na CAE.


Após a sabatina, a indicação de Galípolo precisa ser votada pela CAE e, posteriormente, pelo plenário do Senado. O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cujo mandato foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), permanecerá no cargo até 31 de dezembro.

Gabriel Galípolo

Galípolo é o atual diretor de Política Monetária do Banco Central. Ele foi indicado por Lula para o cargo no ano passado e aprovado pelo Senado, tanto na CAE quanto no plenário, onde recebeu 39 votos favoráveis e 12 contrários. Na comissão, foram 23 “sim” e dois “não”.


Galípolo vem atuando na direção de Política Monetária do BC, depois de ocupar o cargo de número 2 do Ministério da Fazenda. Ele trabalhou no Centro Brasileiro de Relações Internacionais, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e no Banco Fator. Também já chefiou as secretarias de Economia e de Transportes no governo estadual de São Paulo.

“A indicação ainda depende da aprovação do Senado. Então, por respeito vou ser breve, mas dizer que na mesma magnitude, é uma honra, um prazer e uma responsabilidade imensa ser indicado à presidência do Banco Central pelo ministro Fernando Haddad e pelo presidente Luiz Inacio Lula da Silva,” disse Galípolo em comunicado à imprensa.


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a partir de agora o governo vai avaliar os três nomes que vão para a diretoria até o fim do ano.

“Oportunamente devemos tomar decisão junto ao presidente [Lula] de indicar os outros três diretores. Sabatina é atribuição do Senado, o presidente chegou a discutir com Pacheco [presidente do Senado], isso cabe ao Senado marcar e decidir. A casa tem seu ritmo, afazeres vai julgar o melhor momento da sabatina.

Críticas de Lula a Campos Neto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem fazendo críticas ao atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em dois dígitos. Atualmente, o índice está em 10,50% ao ano. De acordo com Lula, o chefe do BC não demonstra “autonomia”, tem “lado político” e trabalha para “prejudicar” o país.

Em junho, Lula classificou a posição do Banco Central em relação à Selic como “desajustada”. “Nós só temos uma coisa desajustada no Brasil nesse instante: o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Um presidente que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país. Não tem explicação a taxa de juros do jeito que está”, afirmou Lula.

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