Silvio Almeida pede investigação ao MP por insulto racista que recebeu em rede social
A ofensa ocorreu numa publicação no perfil do ministério na qual o chefe da pasta falava sobre o conflito entre Israel e o grupo Hamas
Brasília|Agência Estado
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, pediu ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) uma investigação sobre uma ofensa racista proferida no perfil da pasta em uma rede social. Protocolada na quarta-feira (20), a notícia-crime encaminhada ao MP estadual pede a identificação do agressor e a responsabilização pelo crime de injúria racial.
Uma notícia-crime é a comunicação formal à autoridade competente de um possível fato criminoso. De acordo com a denúncia, a ofensa ocorreu no perfil do Ministério dos Direitos Humanos no Instagram.
Na publicação, Almeida concedia uma entrevista em que defendia um cessar-fogo no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. O agressor, por meio da aba de comentários, se referiu a Almeida como "macaco" e disse que o ministro "deveria estar no fogo cruzado".
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A reportagem procurou o MPPE, que ainda não se manifestou. O espaço permanece aberto.
Crimes de racismo
Não é a primeira vez que Silvio Almeida pede investigações para crimes relativos à discriminação racial. Em junho deste ano, o ministro afirmou ter acionado a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Câmara dos Deputados contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).
Em uma entrevista, Gayer havia relacionado a existência de ditaduras em países da África à falta de "capacidade cognitiva" da população.
Em novembro, a PGR acatou a denúncia e denunciou Gayer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de injúria racial e racismo contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Silvio Almeida.