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R7 Brasília

Sistema do governo de alertas contra desastres vai funcionar a partir de 10 de agosto

No caso do alerta extremo, a mensagem vai acionar um sinal sonoro no celular semelhante a uma sirene

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília


Rio Grande do Sul foi atingido por tragédia ambiental Gustavo Mansur/Palácio Piratini - 18.05.2024

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (7) o Defesa Civil Alerta, projeto-piloto do sistema brasileiro de alertas contra desastres. Inicialmente, a nova tecnologia vai ser executada em 11 cidades brasileiras, distribuídas em sete estados, a partir de 10 de agosto. Não há necessidade de cadastramento prévio.

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Segundo o governo federal, o sistema utiliza a rede de telefonia celular para emitir os alertas, com avisos sonoros e vibratórios. O mecanismo vai funcionar também em modo silencioso. “Os residentes em áreas de risco e visitantes (inclusive estrangeiros) que estejam passando pelo local vão receber as mensagens sem a necessidade de cadastro prévio”, diz.

Existem dois tipos de alertas conforme a severidade e finalidade: extremo e severo. O primeiro, de nível máximo, é caracterizado por ameaças extremas à vida ou à propriedade. O segundo indica a necessidade de medidas de proteção. No caso do alerta extremo, a mensagem vai acionar um sinal sonoro no celular semelhante a uma sirene, mesmo que o aparelho esteja no modo silencioso.

A nova tecnologia vai ser executada nas seguintes cidades: Roca Sales (RS), Muçum (RS), Blumenau (SC), Gaspar (SC), Morretes (PR), União da Vitória (PR), São Sebastião (SP), Cachoeiro do Itapemirim (ES), Indianópolis (MG), Petrópolis (RJ) e Angra dos Reis (RJ). Não há, por enquanto, previsão de expansão.


A implantação da nova ferramenta será feita em uma operação assistida. No dia 10 de agosto, os telefones vão receber o alerta, mas num sinal de demonstração, cujo objetivo é informar o início da disponibilidade do Defesa Civil Alerta. O órgão vai monitorar o funcionamento, durante um mês, para avaliar eventuais ajustes. O cronograma de nacionalização da tecnologia ainda será definido.

“É o início de um processo. Poucos países do mundo aplicam essa tecnologia. Vamos ter uma operação assistida em 11 municípios, a partir do dia 10, e aí vamos lançar uma mensagem para a população. É uma mensagem de demonstração. E aí vamos ter 30 dias de operação piloto, assistida nesses municípios. E a partir daí que vamos planejar como vamos fazer a nacionalização”, disse o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, Armin Braun.


A Defesa Civil é concebida como um sistema, com três esferas: federal, estadual e municipal. O sistema de alerta vai funcionar na parte nacional. Em relação aos desastres, a política nacional prevê cinco ações: prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação. O alerta para desastre vai entrar na fase de preparação.

Recorde de ocorrências

O Brasil bateu recorde de ocorrência de desastres hidrológicos e geo-hidrológicos em 2023, com 1.161 eventos, segundo um estudo produzido pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Do total de eventos, 716 são hidrológicos, como transbordamento de rios, e 445 são de origem geológica, a exemplo de deslizamentos de terra. As ocorrências seguiram o padrão de locais para onde foram enviados os alertas feitos pelo órgão, com concentração nas capitais e regiões metropolitanas. O mapa aponta que a maioria está localizada na faixa leste do país.

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